A visita dos vereadores de alguns municípios ao presidente da Federação das Câmaras Municipais (FECAM), para falar sobre a criação da União dos Vereadores do RN (UVERN), deixou um ar inicial de constrangimento. Na reunião, por mais que alguns tentassem elogiar e reconhecer algumas ações de Jório Nogueira à frente da Federação, outros, especialmente Bruno Melo (PSDB de Severiano Melo), articulador da União, não perderam oportunidades de alfinetar a atual gestão. O vereador Bruno chegou a dizer, em conversa paralela, que “todo mundo tem saudade de Francisco José Junior na presidência da FECAM”.
Apesar disso, e depois de mais de uma hora de diálogo em que Jório se defendeu e ofereceu possibilidades aos vereadores, o entendimento final foi de parceria entre as duas entidades.
Diante da insatisfação exposta por não terem voz, participação e oportunidades na FECAM, a proposta de Jório foi de incorporar a UVERN à FECAM como uma Secretaria dos Vereadores, ao invés de formalizá-la. A proposta vai ser deliberada em assembleia com os vereadores de mais de 50 cidades que apóiam a criação da nova entidade.
Recursos minguados e chorados
Hoje à noite, em entrevista ao programa Cenário Político, da TCM, o prefeito Francisco José Júnior fez uma explanação do atual quadro de crise financeira pela qual passa a PMM. Comparou a situação de hoje com os recursos que a Prefeitura recebia em royalties 12 anos atrás, na gestão de Rosalba: “naquela época recebiam 6 milhões de reais”, segundo o prefeito. “A cidade cresceu, a população aumentou, a demanda aumentou” e hoje, a PMM recebe, ainda segundo Silveira, apenas R$ 1,5 milhão.
Sem recursos, sem aprovação
Na análise do prefeito, a ex-prefeita do DEM teria deixado sua gestão em Mossoró muito bem avaliada por conta dos recursos financeiros fartos. Sem esses recursos, quando governadora, com a situação “totalmente adversa”, a satisfação da população com sua gestão também foi adversa.
PV de Henrique Alves
Sobre nossa coluna de ontem, que abordou as possibilidades da ala insatisfeita do PV migrar para o PSD, o ex-presidente da sigla João Gentil, em contato com a coluna, fez questão de complementar. “Eu, João Gentil, já estou fora. Se fosse para ficar no PSD desse jeito, eu iria para o PMDB, já que Henrique é quem manda”. Recado dado.
Haja fusão
Depois da peleja do DEM pra se fundir com o PTB, agora é o PSB e o PPS que estão de namorico pra juntar os trapos. O anúncio foi feito pelos presidentes das siglas, Carlos Siqueira (PSB) e Roberto Freire (PPS), durante entrevista coletiva na Câmara dos Deputados. Há dois anos, o PPS já havia anunciado fusão com o PMN, que formaria o Mobilização Democrática - MD -, mas as negociações não foram finalizadas. E de fusão em fusão, vão se esfacelando as ideologias partidárias, enquanto as conveniências são fortalecidas.
Minha Casa, minha dúvida
O governador Robinson Faria (PSD) finalmente demonstrou, na prática, um benefício por estar na base de sustentação do Governo Dilma. O SINDUSCON-RN - Sindicato da Indústria da Construção Civil do RN - vinha programando, por conta de atrasos nos pagamentos da Caixa Econômica, a paralisação das obras de 4.000 unidades do Minha Casa Minha Vida, com risco de demissão de 4.500 trabalhadores diretos. Por intermédio do governador, foi marcada audiência urgente com o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), para tratar com o presidente do sindicato a solução para os atrasos.
Cunha emplaca mais um retrocesso
A agenda das trevas do presidente da Câmara dos Deputados levou a plenário mais um ataque à cidadania. Depois de atacar os trabalhadores com a aprovação da terceirização ampla, geral e irrestrita, agora a Câmara Federal ataca os consumidores em seu direito à informação. O projeto da bancada ruralista, aprovado ontem, acaba com a exigência de afixar o símbolo de transgenia nos rótulos de todos os produtos geneticamente modificados (OGM) destinados a consumo humano.
Deputados do RN com Cunha
A bancada potiguar continua apoiando a agenda de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ontem, a única parlamentar norteriograndense que votou contra o projeto da bancada ruralista, foi a deputada Zenaide Maia (PR). Os demais - Antônio Jácome (PMN), Beto Rosado (PP), Fábio Faria (PSD), Felipe Maia (DEM), Rafael Motta (PP), Rogério Marinho (PSDB) e Walter Alves (PMDB) -, votaram todos para omitir informações aos consumidores. Enquanto em vários países alimentos transgênicos são proibidos, por aqui, querem esconder o quanto é permitido.