Por Ítalo Moreira
17 anos anos depois o chamado "mensalão tucano" ainda não foi julgado. O esquema foi considerado precursor do "mensalão petista" e consistia no desvio de verbas de empresas públicas mineiras por meio de agências de publicidade para financiar a campanha de Eduardo Azeredo ao Governo de Minas.
Dos acusados dois já se livraram do processo em razão da prescrição, outros estão presos após serem condenados no "mensalão" (do PT!) e outros ocupam cargos públicos.
Se há prova para condenar todos não sei, mas é direito da sociedade vê-los julgados, ainda que eventualmente para alguns serem absolvidos, mas uma série de artimanhas jurídicas proporcionadas por um sistema que, longe de ser garantidor da ampla defesa, garante o abuso do direito de defesa e a impunidade posterga o julgamento definitivo que ainda está longe de ocorrer.
Se o esquema é do PT, do PSDB, do Partido da Pátria Livre ou do Partido Ecológico Nacional pouco importa, a sociedade tem o dever de exigir julgamentos justos e céleres de todos. Indignação seletiva com cobranças apenas para os outros não dá. Quem realmente se revolta com a corrupção não pode querer punição baseada apenas nas cores partidárias nem muito menos pretender relativizar crimes transformando condenados em heróis!