O ministro do turismo Henrique Alves (PMDB), usando o argumento que viria à Mossoró para conhecer o projeto do santuário de Santa Luzia, convocou seus aliados na cidade, foi recepcionado pelos filiados do seu partido e realizou, ao lado do senador Garibaldi Filho (PMDB), uma reunião com a presença de meia dúzia de desconfiados ouvintes.
Como era de se esperar, na mesa muito bem posta e coberta com finas toalhas brancas, o assunto não poderia ser outro: eleições 2016.
Os caciques peemedebistas serviram, como entrada no menu, uma tentativa de empurrar de goela a baixo, a certeza de que o partido terá candidatura própria à prefeitura de Mossoró encabeçada pela ex-prefeita Fafá Rosado.
Ficou muito claro que essa possibilidade só seria repensada no caso da ex-prefeita e ex-governadora Rosalba Ciarlini fosse candidata. Dessa forma, o PMDB indicaria o vice.
Ficou claro também, que o ministro está tentando reeditar a falecida estratégia do “Acordão” de 2014, onde juntaram todas as forças políticas em torno dele (Henrique) na tentativa de leva-lo ao governo do estado. Sabe-se bem o resultado trágico dessa manobra contra o povo.
Nessa nova tentativa, o idealizador derrotado do Acordão, quer criar forças novamente em torno de seu nome para uma nova empreitada eleitoral em 2018. Para a edição mossoroense do “Acordão”, Henrique Alves quer colocar no mesmo palanque todos os Rosados.
Será que existe espaço para todo mundo?
Antes de responder a essa pergunta, vale lembrar que essa fórmula foi usada em 2014 e foi a grande responsável de ter derrotado todos os candidatos mossoroenses que entraram nesse Titanic.
Voltando à pergunta. Existem 3 grupos Rosados na cidade. Em toda coligação majoritária só existe 2 vagas, uma para prefeito e outra para vice. Qual dos grupos rosados iriam ficar de fora do poder?
Mas o ministro do acordão esqueceu de um detalhe importante: todos os políticos do PMDB em Mossoró, COM CARGOS ELETIVOS, são apoiadores do prefeito Francisco José Júnior. Estão aliados e afinados com o gestor municipal e que certamente disputará a reeleição no próximo ano. A vereadora Izabel Montenegro é uma árdua defensora da atual administração. Os vereadores Alex Moacir e Claudionor dos Santos da mesma forma. Será que eles aceitariam correr o mesmo risco de perder suas eleições em detrimento de um Acordão?
Ministro, errar uma vez é humano, mas repetir o erro...