10 FEV 2025 | ATUALIZADO 10:57
Luz Espírita
26/03/2016 07:12
Atualizado
12/12/2018 13:48

Convite para seguir a Jesus

Convite para seguir a Jesus
Mirella Ciarlini

Por Mirella Ciarlini

“Quando Jesus usa o imperativo: orai, amai, vigiai, está fazendo um convite, uma convocação”. A frase foi uma das que abriu a Conferência Convite ao Auto Acolhimento Amoroso na abertura do Terceiro Encontro dos Amigos do Projeto Espiritizar, que teve como facilitador o escritor e expositor espírita Alírio de Cerqueira Filho, que apresentou a todos com profunda simplicidade à missão terapêutica a qual são todos convidados através do Evangelho de Jesus.

Segundo a mentora espiritual Joanna de Angelis, O evangelho de Jesus precisa ser lido com uma visão nova e profunda por todos que estão interessados em se autoconhecer e se autotransformar. Cabe a cada indivíduo a decisão de aceitar agora o convite ou ficar prorrogando a evolução de sua caminhada, já que os convites não cessam e ecoam a todo instante nas nossas consciências.

Portanto não dizer que se quer aceitar ao convite de Jesus para segui-lo apresentando a justificativa do não posso. Com certeza, vai dar trabalho porque a lei do progresso está intimamente ligada com essa lei. Portanto antes de tudo é preciso resolução, virtude também indispensável para o acesso à lei do Progresso. “Se eu quero, eu posso cumprir meu dever de consciência”, afirmou o facilitador.

DIVISÕES E ETAPAS DO AUTOCONHECIMENTO

Para melhor entendimento, Alírio mostrou que o autoconhecimento se subdivide em mais 3 e a sua realização pode ser feita em 6 etapas.  Na primeira etapa de realização, o Ser precisa reconhecer sua condição de desamor, rebeldia e orgulho perante a vida buscando o arrependimento sincero.

Na segunda etapa, após o reconhecimento da própria incúria pelo arrependimento sincero, o Homem vai ao encontro do amor incondicional que Jesus oferece. Quando Jesus diz “Vinde a mim” está oferecendo uma proposta de vida, bem diferente da forma como os preguiçosos morais passaram a interpretar essa passagem.

Na terceira etapa é preciso tomar a lei de Amor, Justiça e Caridade como diretriz de vida para poder aprender. É justamente essa lei que faz com que trabalhemos de forma amorosa, tranquila e caridosa através da nossa própria evolução. Na lei de justiça está a observância dos direitos e deveres, porque para obter direitos é importante praticar deveres.

A dimensão da caridade se dá pela verdade expressa pelo Cristo de que o amor ao próximo e a si mesmo é semelhante ao amor a Deus e a lei de amor que os aponta que é preciso amar a Deus de todo entendimento, todo coração e toda alma.

Também é preciso entender a Deus e as Leis das quais ele nos fala bem como desenvolver-lhes as virtudes correspondentes. Sabemos que o livro dos espíritos deixa clara a impossibilidade de entendimento sobre Deus na nossa atual condição de inteligência, por isso antes de tudo Deus criou as leis que regem o universo.

Então, alguém que faz exercícios para se amar pelo esforço continuado, segundo Alírio, faz também o esforço para fazer aos outros o que realmente deseja para si, por isso o Jugo de Jesus é leve e suave. Leve porque ele não pesa, pelo contrário, liberta das cadeias das amarras que nos prendem à retaguarda.

Na quarta etapa, tornando-se efetivamente um aprendiz do mestre amoroso, o ser se enche de brandura e humildade de coração. Esse é o convite de Jesus, sermos aprendizes dele. E como todo aprendiz, só se aprende buscando fazer exercícios contínuos, que certamente resultarão em novos erros que fazem parte do aprendizado e são por isso necessários.

A quinta etapa é a da serenidade. A busca pelo encontro de serenidade e harmonia geradas pela consciência da própria condição de se ver e se aceitar como um aprendiz. Um aprendiz quando erra fica tranquilo porque sabe que fez o seu melhor.

Na sexta etapa a meta é justamente tornar a própria vida suave, e a evolução por meio do aprendizado um fardo leve para ser carregado. Afinal sempre haverá um fardo e esse fardo é justamente o fardo dos exercícios cotidianos.

A felicidade não vem do erro, vem da felicidade da aprendizagem daquele erro. Portanto eu quero, eu posso, eu consigo e eu mereço aceitar a esse convite de Jesus que já me apresenta nesta vida a felicidade relativa e no futuro a felicidade verdadeira. “A condição para isso é que possamos renunciar a nós mesmos e seguir a Jesus definitivamente sem olhar para trás. Vale a pena seguir esse caminho”, concluiu o expositor.

Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário