Em plena realização dos Jogos Olímpicos Rio 2016, com a presença de mais de 11 mil atletas de 208 países de todo o mundo, uma das maiores preocupações do Comitê Olímpico Internacional (COI) é o combate e monitoramento no uso de substâncias proibidas, que podem alterar o desempenho de atletas e consequentemente influenciar no resultado final das provas esportivas.
O doping tem sido uma constante nas diversas competições esportivas nos quatro cantos do mundo. O órgão que determina quais substâncias e métodos são proibidos é a Wada, por intermédio do Código da Agência Mundial Antidoping (AMA).
Dois exemplos de doping bem próximo dos desportistas mossoroenses deixaram em alerta os atletas de alto nível e têm despertado grande interesse no assunto. O primeiro caso foi do zagueiro Índio, ex-Baraúnas, que foi flagrado por uso de substância irregular no exame antidoping realizado após a partida do seu time River-PI contra o Botafogo-PB, no último dia 11 de maio pela Copa do Brasil. O exame detectou a presença de Benzoilecgonina, um derivado da cocaína. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva suspendeu o zagueiro por um ano.
No segundo caso, o lutador de MMA Gleison Tibau, que confessou o uso de EPO, substância eritropoietina, e foi afastado dos octógonos do UFC por dois anos. “Na verdade foi um grande erro meu, uma burrice minha não ter perguntado na academia, porque alguém ia me orientar para não fazer isso. Não passou pela minha cabeça porque uso muitos suplementos e nunca deu problema. Achei que seria mais um. Foi um erro meu. O meu pior erro”, afirmou o atleta.
O controle do doping pode ser realizado pelo exame de sangue ou de urina do competidor imediatamente após o término de uma competição, podendo também ser feito a qualquer momento da vida do atleta, durante um treinamento, em sua residência e até mesmo algum tempo antes ou depois de uma prova.
O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) publica anualmente uma cartilha de orientação aos atletas sobre o uso de medicamentos no esporte. A publicação traz a lista de substâncias e métodos proibidos, além de explicar os meios de controle de dopagem existentes e a legislação antidoping do Comitê Olímpico Internacional (COI). Nela, você pode saber mais sobre a evolução do doping nos Jogos Olímpicos. Você encontra essa cartilha no site do COB.
Uma das maiores polêmicas do doping mundial foi a do ex-atleta Ben Johnson, que venceu os 100m rasos com o tempo 9’79”, nas Olimpíadas de Seul (1988). Em seu livro “Seul to Soul”, ele diz que foi sabotado no exame e deixa claro:
“Como muitos outros atletas, parte do meu programa de treinamento incluía uso sistemático de esteroides. Admito abertamente que usei esteroides em meu treinamento e fui bem orientado na utilização deles. Para estar limpo nos exames de doping, sempre fui muito cuidadoso para interromper o uso antes das grandes competições. Imagine, então, a minha surpresa quando me disseram que eu havia atestado positivo após os 100m em Seul. Era simplesmente inacreditável”, disse.