Moradores do Distrito de Jucuri, na zona rural de Mossoró, realizaram protesto nesta quinta-feira (21) e fecharam a principal avenida da comunidade contra a falta d’água na localidade.
De acordo com o líder comunitário Raimundo Lucas, conhecido com Galego do Jucuri, a problemática vem afetando cerca de 30% dos moradores há mais de dois meses.
“Isso é um problema de gestão do poço”, declarou.
A secretaria que gere o reservatório disse que desconhece a problemática.
Segundo os moradores, a falta d’água teve início após o administrador do poço sofrer um atentado homicida.
“Desde que o menino, que cuidava do poço, sofreu um atentado e a prefeitura tomou de conta, nós não estamos recebendo mais água. A revolta desse povo é por que nós conseguimos, com muita luta, um poço profundo de 650 metros e que não está nos servindo para nada”, desabafou o Galego do Jucuri.
O protesto, que teve início nas primeiras horas da manhã, não tem hora para acabar, é o que informa a dona de casa Ana Célia.
“Nós só vamos liberar a estrada quando tiver água nas torneiras. Já são mais de dois meses sem água. Ninguém aguentar comprar mais água não. A gente paga R$ 4 por um tambor d’água salgada”, declarou.
“Nós só queremos que controle a água”, completou o líder comunitário.
Em contato com o MOSSORÓ HOJE, o Secretário Municipal de Agricultura e dos Recursos Hídricos, Rondinelli Carlos, disse que desconhece a problemática e que, inclusive, esteve reunido com os líderes do Jucuri e das comunidades adjacentes, na quarta-feira (20), onde os mesmos se disseram satisfeitos com o abastecimento.
“O abastecimento naquela região está regular. Estamos com um servidor, diariamente, na comunidade atento a essas questões. Estou surpreso com essa situação”, contou Rondinelli ao MOSSORÓ HOJE.
Atualmente, o poço, que atende o Distrito de Jucuri, abastece ainda outras nove comunidades rurais.
“A vazão dele é de 64 mil litros por hora. Tem capacidade pata abastecer tudo”, conclui o líder comunitário.