A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado Federal aprovou nesta terça-feira (01) o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 24/2016, que reconhece a vaquejada e o rodeio como manifestações da cultura nacional e patrimônio cultural imaterial.
A projeto foi aprovado em caráter de urgência para sua análise pelo Plenário pelo Senado.
A proposta foi apoiada especialmente por senadores do Rio Grande do Norte, como José Agripino (DEM), que vê a vaquejada como um esporte que vem se aprimorando, procurando poupar os animais de maus-tratos.
“O que se precisa é corrigir o que ainda é feito de forma errada, o que aliás já vem sendo feito há tempos. O colchão já é de 50 centímetros, há plantão de veterinários, não existe mais contato dos animais com o metal e é utilizado um rabo artificial”, afirmou Agripino.
O senador Garibaldi Alves (PMDB) voltou a alertar para a dimensão econômica que a vaquejada possui nas áreas rurais nordestinas, onde sua cadeia colaboraria na geração de centenas de milhares de empregos diretos e indiretos.
“A vaquejada é hoje uma questão de sobrevivência pra muita gente que ainda vive na zona rural. O Senado não pode ignorar que essas regiões já vivem um despovoamento, e o fim da vaquejada afeta diretamente essas dezenas de milhares de cidadãos”, frisou o senador.
A pratica da vaquejada em todo o Brasil foi proibida no início de outubro pelo Superior Tribunal Federal. Segundo eles, a atividade causa sofrimento aos animais e, dessa forma, fere a Constituição no que cabe a preservação do meio ambiente.
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Com informações da Agência Senado