18 MAI 2024 | ATUALIZADO 18:34
POLÍCIA
Cezar Alves, Da redação
14/11/2016 15:23
Atualizado
14/12/2018 00:37

RN terá ‘Força-Tarefa’ investigando homicídio com reforço de policiais aposentados

Mossoró já registrou só em 2016 número recorde de Crimes Violentos Letais e Intencionais: 198; “Força-Tarefa” vai começar com 40 inquéritos
Cezar Alves
O delegado-geral da Policia Civil do Rio Grande do Norte, Clayton Pinho de Sousa, anunciou na tarde desta segunda-feira, 14, em Mossoró, a instituição de uma força-tarefa para investigar inicialmente 40 inquéritos policiais relacionados a homicídios, que ocorreram na cidade nos últimos anos. O universo total de inquéritos que carecem de investigação chega a 400.

A “Força-Tarefa”, conforme o delegado-geral, está sendo anunciada após encontro com cúpula da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte com o ministro da Justiça Alexandre Morais, ocorrida sexta-feira, 11, em Brasília. “O ministro destacou ações especiais para enfrentar a violência em três Estados”, informa o delegado.

O Rio Grande do Norte é um destes estados que está em situação crítica no que se refere à ocorrência de Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs). Os outros dois estados são Sergipe e Rio Grande do Sul, que também se destacaram no quesito CVLIs nos últimos anos.

No Rio Grande do Norte, os dados do Observatório da Violência apontam que de 2012 aos dias atuais, foram mais de 8 mil CVLIs, destacando-se a região metropolitana de Natal e Mossoró. Em todo o RN, só este ano foram 715 CVLIs. Mossoró já bateu seu recorde histórico de 194 CVLIs registrado em 2011. Este ano já foram registrados 198.

Quando se fala em “Força-Tarefa”, vem à mente recursos humanos. De onde virão os recursos humanos? O delegado Clayton Pinho de Sousa disse que o ministro da Justiça modificou a formação da Força Nacional. Disse que agora vai convocar os policiais civis que se aposentaram há pouco tempo para compor as equipes da Força Nacional nos estados.

O segundo ponto questionado é sobre a estrutura física, especificamente pericial. Clayton Pinho também esboçou preocupação com este quadro. Segundo ele, nenhum inquérito caminha se não tiver um bom suporte de perícia forense, no caso, no Instituto Técnico-científico de Polícia (ITEP) funcionando bem, o que no RN não existe.

“Também virão homens da Força Nacional para reforçar as equipes locais nas perícias”, destaca o delegado Clayton Pinho. O Estado e o Ministério da Justiça estão otimistas quanto a um resultado positivo com as medidas adotadas para reduzir este quadro de homicídios no País, que atualmente já ultrapassa a casa dos 60 mil/ano.

Os trabalhos devem começar imediatamente. Em Mossoró, Clayton Pinho de Sousa disse que 40 inquéritos já foram distribuídos para os delegados Rafael Arraes e Cristiane Magalhães. Ele aguarda a chegada das equipes da Força Nacional para reforçar as equipes que já atuam Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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