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SAÚDE
Ismael Sousa
25/05/2015 12:47
Atualizado
12/12/2018 14:21

?O MP apenas atendeu o direito de ir e vir?, diz cadeirante

A representante do Fórum das Mulheres com Deficiência de Mossoró e Região, Benomia Rebouças, falou sobre a retirada dos camelôs e ambulantes das calçadas do Centro da cidade.
Cezar Alves

A representante do Fórum das Mulheres com Deficiência de Mossoró e Região, Benomia Rebouças, falou sobre a execução, por parte da Prefeitura, que retirou os camelôs e ambulantes das calçadas do Centro da cidade. A medida atende a determinação judicial que transitou em julgado, ingressada na Justiça pelo Ministério Público Estadual atendendo as exigências de acessibilidade.

Em contato com o portal MOSSORÓ HOJE, Benomia destacou que a medida é um primeiro passo para políticas públicas voltadas para as pessoas portadoras de necessidades especiais, mas condenou a tentativa de colocar as entidades ligadas aos direitos dos deficientes contra os camelôs. “Estão tentando nos colocar contra os trabalhadores. O MP apenas atendeu o direito de ir e vir, mas é um direito dos camelôs terem um espaço digno de trabalho”, disse.

Ainda segundo Benomia, os debates sobre a liberação das calçadas do Centro estavam se arrastando há 10 anos, sem solução. Ela enfatizou que o município não é responsável pela decisão de retirar os camelôs, cumprindo apenas o que foi determinado pela justiça, e cobrou do Município ações imediatas para que eles possam ter um lugar adequado para vender os seus produtos. “Cedo ou tarde essa decisão teria que ser feita. Em outras cidades aconteceu o mesmo, e no final todos saíram ganhando. Toda mudança requer um constrangimento, e nós entendemos o lado deles”, concluiu.

Remoção dos camelôs

A Prefeitura executou, nas primeiras horas desta segunda-feira, 25, a decisão judicial que exigia a desobstrução das calçadas do Centro da cidade, começando com a retirada dos ambulantes e camelôs. A operação contou com aproximadamente 150 pessoas de diversas secretarias municipais, Guarda Civil, agentes de Trânsito e polícias Civil e Militar.

Ainda durante a manhã, vários ambulantes interditaram a rua Cel. Gurgel contra a decisão judicial. Eles fizeram um protesto cobrando da Prefeitura um espaço temporário adequado até que seja contruído um novo espaço.

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