Indígenas que moram no entorno do rio encontraram peixes e tracajás (espécie de cágado) mortos, além de um boto. Vazamento partiu da construção de uma usina.
Quatro dias depois de identificado um vazamento de óleo nas águas do Rio Teles Pires, na Amazônia, ainda não se sabe qual é a origem do problema ou sua dimensão, mas os estragos já começam a surgir nas águas do rio.
Indígenas que vivem na beira do rio, na divisa de Mato Grosso com Pará, têm registrado a ocorrência de mortandade de peixes e tracajás (espécie de cágado comum na Amazônia). Um boto morto foi encontrado por indígenas da terra indígena Caiabi.
Equipes de saúde indígena ligadas à Secretaria de Saúde foram enviadas ao local. O Ibama também trabalha com agentes na região para identificar a causa do vazamento e sua extensão.
Segundo relatos de agentes do Ibama e a concessionária Empresa de Energia São Manoel, dona da hidrelétrica que está em construção na área próxima ao vazamento, a mancha de óleo já teria se dissipado na água.
Conforme noticiado pelo Estado, cerca de 80 famílias, aproximadamente 320 pessoas, moram em aldeias próximas à estrutura de São Manoel. A Empresa de Energia São Manoel tem enviado garrafões de água para as famílias indígenas, que dependem da água do rio para viver.
Pelo menos outros 900 indígenas vivem em aldeias a cerca de 60 quilômetros da usina. Mais abaixo ainda está a terra indígena mundurucu, onde vivem 8 mil pessoas.