Em uma investigação inédita, a Polícia Federal conseguiu rastrear quatro potiguares que estavam cometendo crimes de exploração sexual infantil na Deep Web, a internet oculta. Além do RN, a investigação se estendeu a vários outros estados brasileiros.
De acordo com a PF, os potiguares estariam armazenando e compartilhando materiais contendo cenas de pornografia infanto-juvenil.
Devido a isso, foi deflagrada na manhã desta terça-feira (22) a operação Darknet II, que visa cumprir mandados de prisão contra os investigados. Ao todo, são cinco mandados de busca e apreensão no RN e quase 100 em todo o país.
A operação Darknet II teve a sua primeira fase ocorrida em outubro de 2014 quando, pela primeira vez, a Polícia Federal rastreou o ambiente conhecido como Deep Web em operações de combate à pornografia infantil.
A Deep Web é o conjunto de conteúdos da internet não acessível diretamente por sites de busca. Cerca de 500 vezes maior do que a internet comum, a Deep Web abriga diversas atividades ilegais como pedofilia, serviços de hackers, assassinos de aluguel, canibalismos, rituais satânicos, entre outras coisas macabras.
A ‘internet oculta’ foi criada por asiáticos e não pode ser rastreada, porque é criptografada, por isso a dificuldade das autoridades em identificar os usuários.
Antes da operação Darknet II, apenas se tinha notícia de que as polícias dos Estados Unidos e da Inglaterra haviam sido capazes de investigar crimes praticados através da Deep Web.