Os clubes mossoroenses Potiguar e Baraúnas, que iniciaram a temporada de 2017 com o pé direito dentro de campo, ameaçam abandonar o Campeonato Estadual, alegando não haver condições financeiras de se manterem atuando fora de Mossoró, uma vez que o estádio Leonardo Manoel Nogueira, o Nogueirão,
segue interditado pelo Corpo de Bombeiros desde o dia 1º de novembro.
Em conversa com o MOSSORÓ HOJE, o vice-presidente do Baraúnas, Gilson Cardoso, revelou que os times ingressaram com uma liminar na Justiça solicitando a liberação do estádio, e caso o pedido seja negado, os clubes não irão mais participar da competição.
“Não temos condições nem de jogar em Mossoró, imagine fora da cidade. Junta-se, nesse episódio, a intransigência do Corpo de Bombeiros com a inoperância da nossa classe política. Cumprimos o que deu para cumprir, agora o Corpo de Bombeiros exige corrimões, não tem como. Aí vamos jogar em Assú, com um estádio em péssimas condições, não dá para entender”, desabafou o dirigente, referindo-se a próxima partida do Baraúnas, agendada para quarta-feira, 18, no Edgarzão.
LEIA MAIS:
Baraúnas vence Alecrim na Arena e Potiguar bate Assu no Edgarzão
O MOSSORÓ HOJE entrou em contato com o capitão Daniel Faria, responsável pela fiscalização no Nogueirão. Ele confirmou que o estádio só será liberado com as todas as exigências do Corpo de Bombeiros atendidas. “Faltam luminárias de emergência, corrimões, uma escada na arquibancada, alguns acessórios nos abrigos dos hidrantes, há um número de cadeiras maior do que o que consta no projeto aprovado”, detalhou.
Segundo o capitão, tão logo haja a resolução dessas pendências, o estádio será liberado para receber os jogos do Campeonato Estadual. “Podemos fazer a vistoria até mesmo no dia da partida, mas só pode ser liberado mediante o cumprimento dessas exigências”, reforçou Daniel Faria.
O Nogueirão voltou a ser administrado pela Liga Desportiva Mossoroense (LDM), que tem como presidente o empresário Eudes Fernandes. Foi o próprio presidente que
bancou os serviços de adequações realizados recentemente no estádio, mas que não foram suficientes para o Corpo de Bombeiros liberar a estrutura.