18 MAI 2024 | ATUALIZADO 13:39
POLÍCIA
Da redação
23/02/2017 07:52
Atualizado
14/12/2018 03:35

Promotor pede absolvição de réu por não existir provas que o incrimine no processo

Na denúncia, o réu teria usado um menor para matar o amigo do inimigo e terminou matando um menino de 13 anos que estava na rua; Veja VIDEO do promotor explicação a absolvição
Cézar Alves/MH
O promotor de justiça Ítalo Moreira Martins, por não encontrar provas consistentes no processo, pediu a absolvição do réu Wilton Carlos Mendes Torres, de 24 anos, de acusação de ter usando o menor José Everton de Castro, o Ceguinho, para matar o amigo do inimigo Gleiton Gomes de Arruda, o Bilico, e terminou matando o adolescente Gledson Douglas da Silva Félix, de apenas 13 anos.

Os defensores públicos Serjano Torquato e Simone Maia apenas confirmaram as palavras do promotor Ítalo Moreira, reforçando a indicação para o réu ser absolvido do crime pela falta de provas consistente no processo. Não havia familiares do réu e nem da vítima. Estavam presentes ao julgamento, assistindo os debates, os alunos de direito da UNP.

Diante do que foi apresentado em plenário, o Conselho de Sentença optou pela absolvição do réu. Conforme o que foi decidido na sala secreta pelos jurados, o juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros, leu a sentença e determinou a liberdade do réu com relação a absolvição neste processo. No caso, Wilton Carlos já é condenado por Assalto, que ele fez em Baraúna em 2012.

Assista em vídeo a atuação do promotor de Justiça pedindo a absolvição do réu, justificando que o processo não tem provas suficientes para condena-lo.


O caso

Consta na peça do MP/RN, que Wilton Carlos e José Ewerton, o Ceguinho, se deslocando numa motocicleta, foram matar Gleiton Gomes no dia 27 de maio de 2014, às 19h30, no bairro Santo Antônio, na zona norte de Mossoró. Os acusados usavam capacetes. 

Entretanto, os tiros, que teriam sido disparados por Ceguinho, que já foi assassinado, terminaram acertando o menor Gledson Douglas da Silva Félix, na época de 13 anos, que estava próximo ao local. Douglas faleceu, causando grande revolta popular.

O caso foi investigado pelo então delegado da Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa José Cleiton Pinho, que hoje é o delegado geral do Rio Grande do Norte. Foram interrogadas dezenas de testemunhas e todos afirmaram que achavam que eram Wilton e Ceguinho.

O promotor Ítalo Moreira disse que entre os depoimentos apenas um, no caso Gleiton Gomes, o Bilico, afirmava que os autores dos tiros eram Wilton e Ceguinho. Todos os outros afirmaram que achavam ou que ouviram na rua. Bilico era o amigo do inimigo de Wilton.

Além desta questão, outro fato contribuiu para desqualificar o depoimento de Bilico. É que ele afirmou que quem atirou foi Wilton, porém foi feito exames de residuograma de chumbo nas mãos de Wilson e não havia pólvora. Havia na mão do Ceguinho.

Outro fator que contribuiu para o promotor pedir a absolvição do réu foi o fato de Bilico ter efirmado ter reconhecido Ceguinho e Wilton à noite, de capacede e fugindo em alta velocidade para não ser morto. Não existe lógica no depoimento deste réu.

O vídeo onde o promotor Ítalo Moreira expõe o caso no Plenário e pede a absolvição do réu Wilton por falta de provas veja ACIMA. Com relação ao menor Ceguinho, este já foi assassinado. Não se sabe as circunstâncias deste caso.

Notas

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