No primeiro bimestre deste ano, as exportações no Rio Grande do Norte atingiram US$ 60,66 milhões, o que representa um crescimento de 45,25% em relação ao mesmo período do ano passado. Os números foram divulgados pelo chefe da unidade estadual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Aldemir Freire.
De acordo com o economista, o crescimento expressivo foi puxado, principalmente, pela alta na exportação de melões, que saltou de US$ 9,75 milhões em janeiro/fevereiro de 2016 para US$ 26,3 milhões em janeiro/fevereiro deste ano, e também de melancias, que aumentou de US$ 1,8 milhão no primeiro bimestre de 2016 para US$ 6,2 milhões no mesmo período desse ano.
Segundo Luiz Roberto Barcelos, presidente do Comitê Executivo de Fitossanidade do RN (Coex), o aumento da produção e consequente exportação no estado é resultado da crise hídrica pela qual atravessa o Ceará, grande exportador de melão e melancia.
“Mesmo sem chuvas em janeiro, registramos esse crescimento porque muitos produtores ampliaram sua atuação no RN em virtude da seca que atinge o Ceará”, explicou.
Luiz destaca que apesar do RN também enfrentar uma crise hídrica, a situação no estado vizinho é pior. “Aqui ainda temos água no subsolo que garante a produção”, pontuou, acrescentando que Holanda, Inglaterra e Espanha são os países que mais recebem as frutas produzidas em solo potiguar.
Ainda conforme o presidente do Coex, hoje a cadeia da economia responsável pela produção e exportação de melão e melancia emprega cerca de 35 mil pessoas no Rio Grande do Norte. “A expectativa é que as exportações continuem a crescer”, finaliza Luiz Roberto.