29 ABR 2024 | ATUALIZADO 17:06
MOSSORÓ
Da redação
07/03/2017 08:11
Atualizado
13/12/2018 22:16

Diretores das UPAs dizem que qualidade do atendimento a população caiu drasticamente

Cada unidade tinha até 4 médicos de plantão, mas Benjamim Bento reduziu para dois; em Carta, os médicos pedem que o secretário reveja a decisão para aumentar pelo menos um médico por UPA
Os diretores médicos das três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Mossoró enviaram Carta Conjunta ao secretário Benjamim Bento, de Saúde, destacando que a redução do número de médicos de plantão, pela atual gestão no dia 13 de fevereiro, prejudicou o atendimento nas três unidades, tendo caído drasticamente a qualidade dos serviços.

As UPAs de Mossoró funcionavam precariamente com apenas um médico até 2013. Após assumir o governo, o ex-prefeito Francisco José Júnior modificou o sistema, passando a colocar 4 médicos por unidade. Este at  reduziu o tempo de atendimento para no máximo 20 minutos, mesmo em período de viroses sazonais.

Entretanto, mesmo assim, quando assumiu o governo, a prefeita Rosalba Ciarlini decidiu por reduzir o número de médicos de até 4 para 2 e suspender, por completo, os atendimentos de baixa e média complexidade de ortopedia na UPA do Bairro Belo Horizonte.

Na Carta, os diretores destacam que havia quatro médicos atendendo a população em cada UPA, porém com a determinação do dia 13 de fevereiro, este número reduziu para 2. “Percebemos que a redução vem determinando uma enorme dificuldade no funcionamento dos serviços”, destaca a Carta.

No mesmo trecho, acrescenta: “Em determinados momentos, um médico vai atender um paciente na estabilização (mais grave) e outro que necessita, por exemplo, de uma sutura, e a unidade então permanece com atendimento interrompido, levando ao acúmulo de pacientes aguardando atendimento”, descreve.

A Carta destaca ainda que por conta do início do período chuvoso, surgiram também as viroses sazonais, o que elevou o número de atendimento por dia por cada UPA para 600, sendo humanamente impossível apenas dois médicos conseguirem atender tamanha demanda.

Diante da redução do número de médicos e aumento no número de atendimentos, servidores estão expostos ao perigo, especialmente em função de que alguns pacientes e familiares se revoltarem devido à demora. Além disto, servidores revoltados estão abandonando as escalas do corpo clínico alegando condições de trabalho insuficientes.

Os diretores concluem a Carta pedindo a compreensão do secretário Benjamim Bento para que aumente pelo menos mais um médico, por UPA, para reduzir os transtornos em função da demora para se fazer o atendimento ao cidadão.
 
Segue carta na íntegra


Na Câmara Municipal, o vereador Ozaniel Rodrigues reforçou a fala dos médicos direitores das UPAs. Segundo ele, o número de atendimentos aumentou drásticamente em função da virose da mosca e as dificuldades de atendimento nas UPAs foram mais em função da redução do número de médicos.

Ozaniel Rodrigues destacou que trabalhou neste final de semana. No domingo, 5, foi visitar a UPA do Bairro Santo Antônio. Disse que havia um médico repousando e outro trabalhando e muitos atendimentos por favor. "O próprio secretário Benjamim Bento já estava na unidade tentando amenizar a situação", destaca.

Em defesa do governo Rosalba Ciarlini e da redução dos médicos nas UPAs, o vereador Alex Moacir lembrou uma reportagem que foi veiculada no Bom Dia Brasil, da Globo, onde mostra número grande de UPAs no País fechadas por falta de recursos dos municípios para custeá-las. 

Disse que havia denúncias nas redes sociais que faltavam lençóis na UPA do Santo Antônio e que a prefeita Rosalba esteve no local e constatou que esta informação não era verdadeira. Ainda no mesma fala, Alex Moacir ressaltou que existe licitação em aberto para comprar 900 lençóis.

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