Os médicos que prestam serviço às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Mossoró confirmaram nesta quinta-feira, 30, que a partir das 7h da próxima segunda, 3, irão paralisar suas atividades, caso a Prefeitura não pague, até o domingo, 2, o débito em atraso referente ao mês de fevereiro, que totaliza aproximadamente R$ 600 mil.
De acordo com o diretor da cooperativa SAMA, Diego Dantas, há ainda, no caso das UPAs, pagamentos atrasados dos meses de outubro, novembro e dezembro. O débito global é de cerca de R$ 1,8 milhão.
“O Município não sinalizou ainda para esse pagamento. Esperamos que não chegue a esse ponto de pararmos, mas se não houver o repasse, os profissionais não irão atender a partir das 7h da segunda e recolheremos nosso material”, informou.
Ainda conforme Diego Dantas, as cobranças já são alvos de ação judicial, inclusive com audiência agendada pelo juiz Pedro Cordeiro para a segunda, 3. “A audiência pode acontecer já com os serviços paralisados, o que não é bom para ninguém. Para o bem de todos, o ideal é que os serviços não sejam interrompidos, principalmente em um período como esse, com a alta demanda nas Unidades”, acrescentou o diretor.
Contatada pelo MOSSORÓ HOJE, a secretária de Comunicação Social da Prefeitura, Aglair Abreu, informou que buscará informações sobre a situação junto ao secretário de Saúde, Benjamim Bento, para na sequência encaminhar um posicionamento oficial.
SVO
A SAMA também cobra do Município pagamentos pelos atendimentos realizados no Serviço de Verificação de Óbito (SVO). "São cinco meses atrasados, setembrom outubro, novembro, dezembro, janeiro e fevereiro. Em março, suspendemos o serviço", acrescenta Diego Dantas.