29 ABR 2024 | ATUALIZADO 17:14
MOSSORÓ
Da redação
27/04/2017 11:29
Atualizado
13/12/2018 12:31

Donos de empresas de ônibus defendem multa de até R$ 5 mil para quem faz transporte clandestino

Secretário de Segurança Eliezer Girão defende o direito do cidadão de bem andar armado e disse que a missão do guarda de trânsito não é punir o motorista com multa e sim disciplina-lo
Na Audiência Pública realizada pela vereadora Aline Couto, na Câmara Municipal de Mossoró, para trabalhar o transporte público de Mossoró, dois pedidos se destacaram: aumentar a multa para quem faz transporte clandestino de passageiros e isenção de tributos.

Um terceiro destaque foi a fala do secretário de Segurança Pública de Mossoró, general de exército Elieser Girão Monteiro, que defendeu em sua fala que aquele cidadão que tem condições psicológicas possua uma arma de fogo para se defender.

Os demais pontos da audiência pública, como estradas cheias de buracos, trafego complicado com número elevado de motos e veículos particulares, linhas de ônibus insuficiente para atender a demanda de vários bairros de Mossoró, especificamente periféricos.

“Para cobrir os custos, a tarifa, que hoje é R$ 2,95, deveria ser R$ 4,65. Mas, não queremos aumento de tarifa. Precisamos de mais passageiros pagantes para garantir gratuidade, que hoje é quase 40% dos usuários. Porque o ilegal só transporta pagante, e não idoso, estudante e deficiente, como nós”, Explica Walder Araújo.

Para amenizar o problema, Araújo pede à Prefeitura ação enérgica contra transporte ilegal. “Nenhuma empresa conseguirá operar em Mossoró, se continuar a atual situação. Muitas que passaram por aqui faliram e, se permanecer assim, não teremos como continuar trabalhando, e isso não queremos”, alerta o empresário.

No que se trata da multa, o diretor da empresa Cidade do Sol, Waldemar Araújo, pediu que os poderes constituídos aumentassem as multas para quem fizesse transporte clandestino de passageiros. Atualmente se paga pouco mais de R$ 100,00 e se continua fazendo.

Waldemar Araújo lembrou que em outros três estados (citou o Ceará), as multas vão de R$ 1 mil a R$ 5 mil e isto fez com que inibisse o transporte clandestino e permitisse as condições de funcionamento adequado do transporte público e seguro a população.

Outra preposição também de Waldemar Araújo é a Prefeitura Municipal desonerar as tarifas que estão embutidas no valor da passagem do ônibus que faz o transporte público. Ele disse que retirando estes tributos, o preço da passagem cai para valores atraentes ao cidadão.

Em resposta, o secretário Eliezer Girão destacou que a função do agente de trânsito, aquele azulzinho visto nas ruas, não é multar. É disciplinar o motorista. Admite, porém que a multa é uma das ferramentas legais, possível de ser usada para colocar o motorista “nos eixos”.

O general Eliezer Girão não tratou sobre a isenção de tributos, certamente por não ser de sua pasta na Prefeitura de Mossoró. Mas tratou sobre segurança pública e mobilidade urbana. Sobre segurança, Eliezer destacou que se trata de um problema nacional.

Lembrou que esta é uma questão de responsabilidade da Polícia Militar, no âmbito ostensivo, e da Policia Civil, no seu âmbito investigativo. Destacou que é sim preciso mais investimentos neste setor por parte dos governos do Estado e Federal.

“Precisamos trabalhar o respeito ao próximo”, continua Girão, defendendo a tese de que o brasileiro precisa mudar o modo de pensar no que se refere a segurança pública. E acrescenta que defende o direito de andar armado para pessoas que reúne as condições de fazê-lo.

Girão prometeu até amanhã entregar o Plano Municipal de Segurança Pública. Falta só minha assinatura. Já o plano de mobilidade, ele disse que falta ser melhor maturado. Falta infraestrutura e ver questões interessantes como zona azul no Centro de Mossoró.

Sobre os buracos nas estradas e acessos ruins, citados pela representação dos moradores do Conjunto Santa Júlia, o secretário Girão disse que a vontade da prefeita Rosalba Ciarlini era asfaltar a cidade inteira, mas que não tem recursos. Está fazendo o trabalho de tapa buraco.

O empresário Eric Fernandes, da Câmara de Dirigentes Lojistas alertou, ainda, que se não tiver transporte público, não tem como se ter mobilidade, pois segundo ele, todo cidadão vai encontrar um jeito de se deslocar com transporte próprio.

“Se todo mundo sair de carro, não teremos estradas para todo mundo se locomover”, diz Eric Fernandes. A saída o transporte público, pois é a forma mais racional das pessoas se deslocarem, para tanto é preciso que se dê as condições de funcionamento.

A vereadora Aline Couto classificou a Audiência Pública como positiva, muito embora reconhecesse que faltou o cidadão está presente, debatendo e buscando seus direitos. Disse que vai fazer uma série de encaminhamentos, principalmente referente aos acessos ruins, estradas com buracos, que impossibilidade o trafego de ônibus, como é o caso do Conjunto Santa Júlia, na região Oeste da cidade, citado na audiência pelos moradores.
 

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