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SAÚDE
Da redação
17/06/2015 10:08
Atualizado
12/12/2018 19:16

A gente não quer operações Higia, Hipócrates, Sócrates?, diz Lagreca

Declaraçao do secretário estadual Ricardo Lagreca, de Saúde, foi durante seminário em São Paulo do Potengi, defendendo a regionalização dos serviços de saúde no Rio Grande do Norte
Assecom/Governo do RN

O secretário estadual de Saúde, Ricardo Lagreca, considerou um momento histórico, ao participar nesta quarta-feira (17), em São Paulo do Potengi, da abertura do Seminário Regional de Saúde Pública – Implantação do Processo do Hospital Regional com foco na cogestão.

De acordo com o secretário, “Por que esse é um momento histórico? Porque a gente começa a pensar a regionalização da saúde como uma ação principal deste estado. Quando eu falo em regionalização eu falo em cogestão. O SUS tem somente 27 anos e algumas coisas como a regionalização já foram pensadas. Não estamos colocando a regionalização como uma coisa nossa, não. O SUS já vem pensando isso. Em algumas regiões ela já foi implantada e em outras não. Mas isso não significa uma tragédia. Ao contrário, ao longo do tempo fizemos a nossa crítica para chegar a nossa regionalização. A gente não quer operações Higia, Hipócrates, Sócrates. A gente quer a Operação Regionalização”.

Segundo Lagreca, “precisamos nos unir mais ainda, e aqui o Parlamento do São Paulo do Potengi partiu na frente. Nós estamos nos vestindo de uma roupagem nova para o momento e não podemos mais ter retrocesso. É a grande coisa que o SUS pensa para o país. Não se pode fazer isso sozinho. O Dr. Ion de Andrade, coordenador do processo de Regionalização da Saúde, assumiu todas as forças e decisão para que este processo pudesse ser implementado, onde teremos uma gestão democrática e participativa”.

De acordo ainda com o secretário, as regiões do Trairi e de São Paulo do Potengi mostraram interesse para que implementássemos essa ideia primeiramente.

“Atenção básica, apesar de ela ser uma função do município, é também função do estado, e estamos dispostos pra isso. Também pensamos num nível maior, o nível terciário, que é atenção de alto risco. Então nós precisamos da atenção básica até a linha quaternária. Essa é a nossa intenção e não vamos medir esforços para que este projeto dê certo em toda a sua magnitude. Repito, esse é um momento importante e que tem que sair pra fora”.

Repercussão

O prefeito José Leonardo Cassimiro de Araújo afirmou que “esse modelo de cogestão da regionalização da saúde vai ter muita repercussão não só no Rio Grande do Norte, mas como em todo o Brasil. Saúde, Segurança e Educação têm que seguir esse modelo. Foi por isso que eu e mais dez prefeitos da região abraçamos esta causa”.

Já o representante do Ministério da Saúde – Rede de Urgência e Emergência, Luiz Branquinho, presente ao evento, afirmou que “esse é um diálogo de momento que vivemos nacionalmente e pelo o que eu estou presenciando tem sido muito atuante aqui na região”.

Disse ele que “a cogestão nada mais é do que uma co-responsabilização. Temos que ter este compromisso de um sistema de saúde sólido que contemple a população”. Para Branquinho, este é um momento em que as coisas estão mudando, onde se vislumbra um modelo ideal de saúde pública. “Estou extremamente grato de poder participar de uma discussão que considero muito importante para a saúde pública neste estado. Precisamos reorganizar a nossa rede pública. O Ministério da Saúde tem essa função de apoiar sempre essas ações”.

Ion Andrade, coordenador do processo de Regionalização da Saúde, colocou que este é o primeiro passo de um modelo que se pretende implantar em todo o Rio Grande do Norte, e parabenizou a região pela realização do Seminário. Disse que primeiro se tem que ter a coragem de nascer pequeno, como são os casos dos hospitais regionais.

“Eu diria que hoje, numa projeção de zero a dez, nós estamos na etapa cinco. O Hospital Regional de São Paulo do Potengi passará a ter um maior número de leitos e isso vai aumentar, portanto, a dinâmica no atendimento dos pacientes. A regionalização da Saúde dará uma sustentabilidade financeira maior para que o hospital possa funcionar plenamente atuando na urgência e na emergência, viabilizando, inclusive, o SAMU.”

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