21 MAI 2024 | ATUALIZADO 17:22
MOSSORÓ
Da redação
10/05/2017 11:07
Atualizado
14/12/2018 09:10

Conselho Regional de Medicina inspeciona hospitais, UPAs e maternidade de Mossoró

Profisionais criticaram obras paradas no Hospital Tarcísio Maia desde 2012 e elogiaram os avanços no trabalho de restauração e ampliação do Hospital Maternidade Almeida Castro
O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte – CREMERN deu início a uma agenda de fiscalizações em hospitais, maternidades e UPAS, a partir desta terça-feira (9), na região Oeste, precisamente nas cidades de Afonso Bezerra e Mossoró.

Em Mossoró, na tarde desta terça-feira, 9, a comissão esteve no Hospital Regional Tarcísio de Vasconcelos Maia e na manhã desta quarta-feira, 10, no Hospital Maternidade Almeida Castro e no Hospital São Luiz. Ainda nesta quarta, os profissionais vão visitar UPAs.

A comissão é forma pelo Presidente do CREMERN, Dr. Marcos Lima de Freitas, juntamente com o vice-presidente e Chefe do Departamento de Fiscalização, Dr. Francisco Braga, os Conselheiros Dra. Ana Cristina Monte, Dra. Giana da Escóssia, Dr. Marcos Jácome e Dr. Edênio Rêgo, além do assessor jurídico, Klevelando Santos, do assessor de comunicação, o jornalista Gustavo Farache.

O objetivo maior da fiscalização do CRM é dar continuidade as cobranças do Conselho por uma Saúde de qualidade no Estado e, consequentemente, melhor condição de trabalho para classe médica. A comissão deve permanecer em Mossoró até o próximo sábado, dia 13.

A fiscalização teve início no Hospital e Maternidade Dr. Teodulo Avelino, no município de Afonso Bezerra, onde foram constadas deficiências na infraestrutura, como infiltrações, a falta de medicamentos e de equipamentos essenciais para o atendimento ao público.

A comissão foi recebida pelo médico Ronaldo Oliveira, o Secretário Municipal de Saúde, Francisco de Assis de Aquino e a representante da APAMI, que explicaram sobre as deficiências e o impasse que acontece para melhorar o atendimento, além da necessidade de reforma.

Os representes do CREMERN também visitaram o prédio construído pela prefeitura e que ainda falta ser finalizado para atender a população.

Durante a tarde, a comissão visitou o Hospital Tarcísio Maia, em Mossoró. Recebidos pelo diretor técnico, Dr. Fernando Albuerne e o diretor geral, Dr. Jarbas Mariano, a comissão recebeu uma rápida explanação sobre as dificuldades do hospital, como a falta de leitos de UTI e a deficiência no setor de pediatria.

Dentro do Hospital Regional Tarcísio Maia, os profissionais do CREMERN observaram um número enorme (mais de 50) de pacientes aguardando cirurgias eletivas, principalmente devido a suspensão da realização de cirurgias eletivas parte da Prefeitura Municipal de Mossoró.

Os conselheiros visitaram as instalações do hospital, inclusive a obra de ampliação paralisada desde 2012, que previa aplicação de leitos de clínica médica, UTI adulto, UTI pediátrica, mais estrutura para cirurgias e mais espaço de internação.

O diretor geral Jarbas Mariano informou: "Hoje o HRTM, completa 31 anos de sua fundação. Instrumento de saúde importante para Mossoró e região. Mesmos diante das dificuldades, acredito que Deus tem sustentado esse lugar", disse Jarbas Mariano, acrescentando que a visita do CREMERN foi um momento foi importante para mostrar o que está sendo feito, as necessidades para melhorar e o que funciona também.

Através de uma ação movida pelo CREMERN na Justiça Federal do Rio Grande do Norte para criação de novos leitos de UTI no Estado, Mossoró deve receber até o final do ano a implantação/contratação de 10 leitos de UTI no Hospital Wilson Rosado, que deve ser destinado para receber pacientes do SUS regulados pelo Hospital Regional Tarcisio Maia, principal porta SUS na região Oeste.

O Governo do Estado deverá apresentar, em audiência marcada para setembro, um projeto para criação de 21 leitos de UTI para o Hospital Tarcísio Maia, além de mais 20 leitos para o Hospital Regional da Mulher, previso para ser construído num terreno doado pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte até 2018 com recursos do Banco Mundial, num investimento superior a R$ 100 milhões.

No Hospital Maternidade Almeida Castro, a comissão do CREMERN foi recebido pelos interventores Larizza Queiroz, Benedito Viana e Ivanise Feitosa, além de outros técnicos da instituição, que relataram como está sendo feito o trabalho de restauração e ampliação da unidade, que gerida através da APAMIM-Mossoró.

O CREMERN foi o autor da ação judicial que resultou na intervenção federal para reabrir o Hospital Maternidade Almeida Castro, em 2014, que posteriormente recebeu total apoio do Ministério Público do Trabalho, do Estado e Federal, além do olhar criterioso e com zelo do juiz federal Orlan Donato Rocha. O trabalho dos interventores começou em outubro daquele ano, quando a unidade estava fechada.

De lá para cá, a comissão do CREMERN pode testemunhar grandes avanços, apesar dos estragos deixados pelas gestões passadas na instituição. Observaram principalmente a questão da atenção a gestante, ao parto e ao pós parto, tanto nos serviços de UTI adulto, como de UTI neonatal, assim como as undidades de internação intermediárias, associados a UTI neonatal, como Canguru, com 18 leitos, e o Berçário com 12.

Estes 30 leitos somandos aos 20 da UTI neonatal, chega-se a 50 leitos de atenção especial a criança. Quanto aos investimentos dedicados as mães, um dos pontos que chamou atenção da fiscalização do CREMERN, foi a casa da Mãe Curuja Edilene Torquato.

Nesta da maternidade, é onde ficam as mães que vem de outras regiões, tem seus filhos, que precisam se recuperar na UTI, Berçário ou Canguru, e elas ficam hospedadas na Casa da Mãe para acompanhar de perto do tratamento dedicado ao filho pelos profissionais de saúde da unidade.

Além do trabalho já realizado, o CREMERN tambémn pode acompanhar o trabalho de reforma e ampliação do Centro Obstétrico, já dentro das normas exigidas pelas autoridades sanitárias. Esta obra deve ser concluída no início do segundo semestre deste ano, segundo informou a coordenadora da intervenção Larizza Queiroz.

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