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POLÍTICA
Da redação
16/05/2017 12:24
Atualizado
12/12/2018 21:08

“Nem milhões me desviariam do bom caminho”, diz Sandra alegando inocência

Vereadora, condenada a 9 anos e 2 meses de prisão pela Justiça Federal, utilizou a tribuna da Câmara para se defender, afirmando que possui “as mãos limpas”
Edilberto Barros
Em discurso na Câmara Municipal de Mossoró, nesta terça-feira, 16, a vereadora Sandra Rosado (PSB), condenada a 9 anos e 2 meses de prisão por desvios Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância de Mossoró (Apamim), conforme sentença da 8ª Vara da Justiça Federal, reafirmou não ter praticado irregularidades a ela atribuídas.

“Provarei minha inocência na instância superior, porque é uma decisão judicial sem provas e fora da realidade, fundada no interesse político de chancelar a malfadada intervenção na Apamim e que, para tanto, necessita de um bode expiatório”, disse, em pronunciamento na tribuna do plenário.

A vereadora alegou não ter apresentado a emenda parlamentar, a qual baseia a decisão judicial. “A emenda a que se refere o juiz teria sido liberada em convênio celebrado aos 31 de dezembro de 2003. Eis aí o maior erro da decisão de primeiro grau, pelo simples fato de que a iniciativa jamais poderia ser atribuída a mim, que cheguei à Câmara dos Deputados em fevereiro daquele ano”, explica.

Disse que quem entende o mínimo do funcionamento de uma casa legislativa sabe que senadores, deputados federais, deputados estaduais e vereadores só podem propor emendas para o exercício orçamentário do ano seguinte.

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Segundo Sandra, ela nunca não trabalhou na Apamim, não interferiu na administração nem tirou benefício econômico da entidade. “Nunca agi em relação à Apamim, a não ser em seu auxílio, quando pediram, por compreender a magnitude do papel social da maternidade onde nasceram os meus quatro filhos”, frisou.

“Se pretendia me beneficiar de emendas, por que apenas uma para a Apamim entre dezenas? Por que somente R$ 719 mil no universo de R$ 180 milhões? Por que eu, filha de Vingt Rosado, sujaria minhas mãos e desonraria a memória de meu pai por R$ 3 mil, se nem milhões me desviariam do bom caminho?”, disse, referindo-se ao valor pelo qual foi condenada.

“Trago as mãos limpas e asseguro: jamais recebi sequer propostas indecentes, porque todos me conhecem e ninguém teria a petulância de me oferecer vantagem indevida. Embora a injustiça seja uma arma dolorosa, tranquilizam-me a consciência de minha inocência e a certeza de que o erro será reparado na instância superior. Com fé em Deus e convicta de que a Justiça prevalecerá”, concluiu o pronunciamento.

Com informações da Assessoria

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