28 NOV 2024 | ATUALIZADO 09:05
NACIONAL
Da redação
11/12/2018 17:05
Atualizado
14/12/2018 09:39

PF aponta que José Agripino recebeu R$ 2 milhões em propina na construção do Arena das Dunas

O inquérito 4141 determinado pelo Supremo Tribunal Federal para a PF investigar o senador do DEM foi concluído nesta segunda-feira, 21.
A Polícia Federal concluiu que o senador José Agripinio, do DEM, recebeu R$ 2 milhões em propina de 2012 a 2014 do empreiteiro José Adelmário Pinheiro Filho, da OAS, para facilitar empréstimo junto ao BNDES na construção do Arena das Dunas, em Natal.

O inquérito 4141 determinado pelo Supremo Tribunal Federal para a PF investigar o senador do DEM foi concluído nesta segunda-feira, 21.
 
Em nota, a PF informou que a investigação apurou a participação do Senador pelo Partido Democratas, José Agripino Maia, ‘na solicitação e recebimento de vantagens indevidas da empresa OAS em troca de seu auxílio político na liberação de recursos de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social -BNDES direcionados à construção da Arena das Dunas, em Natal/RN, no ano de 2013’.
 
O recebimento das vantagens ilícitas se deu tanto por meio de doações eleitorais oficiais, que foram direcionadas ao diretório, como por meio de repasses em espécie, que transitaram por contas do próprio investigado e também por contas de familiares, entre os anos 2012 a 2014, totalizando a quantia de pelo menos R$ 2 milhões.
 
A Polícia Federal informou que a investigação baseou-se no resultado da análise de mensagens de texto extraídas do celular de José Adelmário Pinheiro Filho, bem como nas informações colhidas na delação premiada do doleiro Alberto Youssef e do carregador de malas Rafael Angulo Lopez, além do exame de mais de mil páginas de documentos, a inquirição de diversas pessoas, quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico dos investigados.
 
“Diante dos suficientes indícios de materialidade e autoria, foram então imputadas as condutas de corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro ao Senador José Agripino Maia; lavagem de dinheiro a Raimundo Alves Maia Júnior; Corrupção ativa a José Aldemário Pinheiro Filho; além de crime de prevaricação a Carlos Thompson Costa Fernandes – Conselheiro do TCE/RN à época dos fatos”, informou a PF.
 
NOTA DE JOSÉ AGRIPINO
 
“A acusação que me fazem é de ter exercido influência para que o BNDES efetuasse o pagamento de faturas decorrentes de um autofinanciamento contratado pela própria OAS junto ao banco. Tenho certeza de que as investigações vão terminar pela conclusão óbvia: que força teria eu, líder de oposição na época, para liberar dinheiro do BNDES, cidadela impenetrável do PT?”. 

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