09 NOV 2024 | ATUALIZADO 18:30
POLÍTICA
Da redação / Com informações do Estado de São Paulo
30/06/2015 08:13
Atualizado
13/12/2018 10:44

MPE-PR acusa Beto Richa (PSDB) por improbidade administrativa

"Ficou clara uma dolosa omissão", afirma o procurador de Justiça do Paraná, Eliezer Gomes. Além do governador, o MPE decidiu acusar todo o alto escalão da Secretaria de Segurança do Estado do Paraná.
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O Ministério Público do Estado do Paraná (MPE-PR) decidiu acusar o governador paranaense, Beto Richa (PSDB), em uma ação civil pública de improbidade administrativa por ter sido supostamente omisso no confronto entre a Polícia Militar e os professores, em 29 de abril, quando manifestantes e 21 policiais ficaram feridos em Curitiba.

Além do governador, o MPE decidiu acusar o ex-secretário da Segurança Pública, o deputado federal Fernando Francischini (Solidariedade); o ex-comandante da Polícia Militar, César Vinícius Kogut; o ex-subcomandante da PM Nerino Mariano de Brito; o coronel Arildo Luís Dias; e o tenente-coronel Hudson Leôncio Teixeira, comandante do Bope. Além disso, todo o material apurado será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que verificará se há crime no caso, pois tanto o governador quanto o deputado têm foro privilegiado.

Segundo o procurador de Justiça, Eliezer Gomes, Richa mostrou omissão durante a ação. "Ficou clara uma dolosa omissão, e a pessoa é responsabilizada não só pelo que faz, mas pelo que deixa de fazer. O governador é o grande comandante das forças de segurança e que garante os direitos fundamentais, como o de ir às ruas se manifestar, acompanhar a votação de um projeto. Na medida em que teve amplo conhecimento da ação, ele poderia ter interferido, afinal, toda a operação foi centralizada no Palácio Iguaçu, onde fica o gabinete do governador, inclusive foi no terceiro andar que os comandantes foram elogiados, após a ação. Houve até o emprego de um helicóptero que fica a serviço do governador", afirmou Gomes.

Fora os custos diretos da operação, o Ministério Público do Paraná estima os prejuízos ao patrimônio público em cerca de R$ 5 milhões, pois muitas vítimas ainda estão acionando o Estado na Justiça, pedindo indenização por danos materiais e morais. Na ação, há cerca de 150 laudos que comprovam as lesões corporais sofridas por manifestantes.

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