“Foi uma imposição, ninguém foi comunicado". A declaração é do estudante de Direito, Duarte Neto, da Universidade Potiguar (UNP), em Mossoró, e se refere às mudanças anunciadas pela universidade recentemente.
O aumento na mensalidade dos cursos, entre outras medidas têm desagradado bastante os estudantes, que realizaram protesto nesta terça-feira, 26, em Mossoró.
Duarte Neto relata que estudantes chegaram a pagar mensalidade com até 16% de aumento. Outras medidas, como a inserção de disciplinas na grade dos cursos e a formação de turmas de 150 alunos, também não agradaram os estudantes.
“O aumento foi de 10%, mas já vimos casos de alunos que chegaram a pagar até 16% de aumento na mensalidade; a mudança na grande de disciplina acaba prejudicando estudantes que já iam se formar, nós acreditamos que juntaram as turmas como forma de economizar, só que numa turma de 150 alunos e um professor cai o rendimento”, explicou o estudante.
Duarte Neto também relata que a alteração dos horários das aulas imposta pela universidade também vai prejudicar os alunos que vêm de outras cidades. “Por exemplo, colocaram para as aulas começarem às 9 horas, e tem aluno que vem de Areia Branca às 6 horas, então fica esse tempo todo esperando sem fazer nada”, disse.
Segundo o estudante, a universidade também inseriu disciplinas online na grade dos cursos. Algumas delas chegam a custar R$ 1.200,00. “E muitas não tem nem a ver com o curso”, ressaltou.
Os representantes da universidade informaram que a nova grade curricular não vai gerar custos extras para os alunos, com exceção dos reajustes regulares e legais; que não haverá alteração quanto ao tempo final da conclusão do curso, nem redução de carga horária. Explicaram também que a renovação das matrículas está suspensa por conta de inconstâncias no sistema e que este problema será revolvido até dia 2 de janeiro de 2018.
Os estudantes da UNP, em Mossoró e Natal, procuraram a Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). Uma reunião conciliatória foi realizada nesta terça-feira, 27, entre às partes.
No documento, ficou acertada uma nova reunião para o dia 8 de janeiro de 2018, para tratar novamente o assunto.
“Eu cheguei a procurar a universidade umas quatro vezes e só ontem fui atendido, disseram que estão revendo as alterações e vai regularizar, é um aumento abusivo (no caso da mensalidade), ninguém foi comunicado, não houve conversa, foi uma imposição”, concluiu o estudante, informando que a universidade o informou que vai se pronunciar sobre as alterações até 10 de janeiro de 2018.