Na região do Médio Oeste, impera a Lei do silêncio. A declaração é do delegado Sandro Régis, titular da Delegacia Regional de Patu e responsável pelas investigações sobre o assassinato do aposentado Aguinaldo Martins, conhecido por Aguinaldo Veras, de 69 anos, na última sexta-feira (06) em Janduís/RN.
O caso Veras, que envolve a morte de Aguinaldo e de outros membros da mesma família, tem assustado os moradores não só do município de Janduis, mas também das cidades vizinhas de Campo Grande, Messias Targino, Caraúbas e até Mossoró.
Em entrevista ao MOSSORÓ HOJE, Sandro Régis revelou que os crimes contra a família Veras podem ter o mesmo mandante. Investiga esta possibilidade.
Preocupados, os familiares temem falar com a polícia. Menos ainda com a imprensa.
Sandro Régis informou ainda que já possui o nome de três suspeitos de terem executado Aguinaldo Veras com 17 tiros de espingarda calibre 12 e pistola.
As investigações, que são coordenadas pelo delegado regional, conta com o apoio da Divisão Especializada de Combate ao Crime Organizado (DEICOR), de Natal.
A DP de Patu atende a dez municípios da região e conta com apenas um agente de Polícia Civil.
A guerra parece sem fim
Em 2003, César Veras e Vicente Veras foram executados. Depois aconteceram vários outros crimes e Antônio Veras também terminou executado em 2010.
O ex-vice prefeito de Janduís, Walter Veras, foi executado com vários tiros no dia 4 de fevereiro de 2012.
Walter estava sentado na calçada de sua residência, localizada no bairro Onésimo Maia, em Janduís, quando criminosos em um veículo sacaram espingardas calibre 12 e efetuaram vários disparos.
A vítima chegou a ser socorrida para o hospital da cidade, onde não resistiu aos ferimentos e acabou indo a óbito.
O veículo utilizado na ação criminosa foi localizado queimado no trecho da BR 226 entre Janduís e Messias Targino, local conhecido como curva do “S”
Walter Veras era primo de Antônio Veras, morto durante emboscada no município de Campo Grande.