Em entrevista à FM 96 de Natal, o economista e advogado Jean Paul Prates rebateu a pergunta do repórter sobre a intenção de demitir servidores como forma de equilibrar as contas do Estado.
Para ele, há um compromisso da governadora eleita Fátima Bezerra de não demitir e de encontrar outras soluções para as questões econômicas que envolvem o Estado. "Além das complicações que existem neste campo, ainda há estas restrições porque não é momento de demitir e o Brasil vive uma crise e porque há uma necessidade de aprimorar o serviço público", afirmou.
Prates disse que não se deve agir de maneira austera que venha a cometer erros irreperáveis. Na entrevista, uma das perguntas colocadas seria se não seria melhor tomar medidas duras, no que ele respondeu: "Tomar medidas urgentes, sem conhecer quem são os servidores e os serviços que estão prestando, é perigoso. É preciso tomar cuidado nas decisões. No primeiro momento, não deve haver demissões".
No entanto, o economista não descarta que nos anos seguintes possam ser realizadas realocações ou "induções para promover a saída de servidores", mas para ele atingir os servidores não é o ponto maior da solução. "Nosso desafio é analisar outras situações de incremento de receitas, das devoluções de dinheiro por conta de sobra, de cobranças de dívidas ativas e outros pontos que foram aprovados pelas urnas", acrescenta.
Prates acredita que não haverá "radicalização" quanto ao enxugamento no organograma do governo, porque reduzir secretarias "não implica numa economia tão importante".