WILLIAM ROBSON
Especial para o MOSSORÓ HOJE
Alguns comemoram e outros não conseguem aprovação no mestrado ou doutorado nestas semanas que antecedem o fim do ano e quando grande parte das universidades divulga seus resultados.
Aqui posto algumas dicas, baseadas em minhas tentativas-erros, de quem passou no mestrado na primeira tentativa, mas precisou tentar três vezes no doutorado para passar,
Não é apenas uma expressão de auto-ajuda, mas analisar onde errou, com o auxílio de professores amigos e mais experientes – que já passaram pela situação – é um ótimo caminho. Há fatores que definem quem vai entrar no programa e, em muitos casos, o seu projeto pode não estar aderente às linhas de pesquisa.
2- CONHEÇA A UNIVERSIDADE E AS LINHAS DE PESQUISA. SE FOR NECESSÁRIO, MUDE A INSTITUIÇÃO
Aprendi com tentativa e erro. Tentei em uma universidade que não dava uma total atenção aos estudos de jornalismo e às mudanças de formatos e narrativa que eu procurava. Ou seja, bati com a cara na parede duas vezes. Qual foi a solução? Tentar numa universidade com vocação mais direcionada ao que estava interessado em pesquisar.
3- NÃO MUDE SEU PROJETO PARA ATENDER AO COMODISMO
Não adianta mudar seu projeto inteiro apenas para atender à comodidade de a universidade estar perto de casa ou para satisfazer a um orientador que pesquisa algo totalmente diferente do que você estava propondo. É melhor unir o útil ao agradável. Afinal, serão dois ou quatro anos dedicados a este objeto, a esta temática e a este estudo.
4- CONHEÇA SEU FUTURO ORIENTADOR
Veja se ele é referência no que está querendo estudar e que possa contribuir com sua pesquisa.
Não adianta um bom projeto de pesquisa, se você não se dedicar para as provas de seleção. Por isso, se não passou, estude mais, sobretudo a bibliografia recomendada. A maioria das questões das provas dão uma boa margem para dissertar, mas cuidado para não fugir da questão e ficar “viajando demais”. Veja os editais anteriores e, apesar de algumas mudanças no ano seguinte, o tronco comum, às vezes, permanece inalterado.
O meu maior inimigo na entrevista foi a ansiedade. Você ter ciência do que quer estudar, mas travar na hora. Por conta de minhas tentativas, fui à ultima entrevista com muito mais calma, mas também tive a sorte de encontrar uma banca de entrevista muito competente e querida, que me deu tranquilidade para falar o que gostaria.
7- PROJETO DE PESQUISA DEFINIDO
Embora o projeto não seja cumprido à risca durante o curso, precisa atender às exigência da universidade e do programa, quanto à aderência à linha de pesquisa, à pesquisa do futuro orientador e às regrinhas básicas da ABNT e do edital.
Participar de congresso é bom, mas publicar artigos nos anais é melhor ainda. Mostra que você tem uma inclinação para pesquisa. Publicar em revistas é também recomendável. Peça o apoio de seu professor orientador na graduação ou no mestrado dicas de congressos e revistas que possam aceitar seu tema de pesquisa.
As regras da Capes são predatórias e exigem mais quantidade do que qualidade. Mas, se é para jogar o jogo é bom manter o Lattes atualizado é importante para que a banca de seleção avalie sua carreira envolvendo a pesquisa e sua atividade profissional relacionada.
10- EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL AJUDA
Não basta teorizar a respeito, mas ter uma experiência profissional, no mundo do trabalho sobre o que está propondo, ajuda muito. No meu caso, minha experiência de 20 anos no jornalismo me deu respaldo para refletir melhor sobre a atividade no âmbito acadêmico. Não é uma regra. Há grandes nomes que se dedicaram totalmente à pesquisa e são muito bons no que fazem.
Não passou? Veja onde falhou mais, faça uma autocrítica e veja se realmente não estava preparado diante de tantos candidatos bons que também estão tentando uma vaga. Melhore alguns destes pontos citados acima e tente de novo.
É isso, amigos. Foi só para compartilhar um pouco baseado em minha pequena experiência. Espero que ajude. Sigo torcendo por vocês. Vamos em frente. Se lembrar de mais alguma coisa, vou colocando… .