Os interventores no Hospital Maternidade Almeida Castro deram mais um passo importante no processo de estruturação, restauração, ampliação e solidificação dos serviços maternos infantis em Mossoró, que faz média de 18,5 partos ao dia, sendo que 25% de alto risco.
Nesta semana foi concluída a habilitação de 10 leitos de Gestação de Alto Risco (GAR), o que representa um aporte financeiro mensal de R$ 124.100,00 enviado pelo Ministério da Saúde através da Prefeitura de Mossoró exclusivamente para o custeio da maternidade.
Este setor já está em atividade no Hospital Maternidade Almeida Castro desde 2015, atendendo com internações mulheres com gravidez de alto risco de Mossoró e de outras 70 cidades da região Oeste do Rio Grande do Norte.
Segundo a interventora Larizza Queiroz, é investindo na estrutura conforme exige o Ministério da Saúde, órgãos fiscalizadores e fazendo gestões junto ao Governo Federal, que se consegue habilitar os leitos e tornar o serviço de saúde autossustentável em Mossoró-RN.
Tem sido assim desde quando os interventores assumiram o controle do Hospital Maternidade Almeida Castro em 2014.
Na época, com os leitos habilitados, o hospital recebia do Programa Rede Cegonha o valor de R$ 197.485,44, muito abaixo do que necessário para funcionar.
Ao longo destes quatro anos foram conquistados:
Habilitação 08 leitos de UCINCa R$ 32.850,00 (Eram 10 e agora são 18).
Habilitação 7 leitos de UCINCo R$ 30.660,00 (eram 6 e agora são 13)
Habilitação de 10 leitos de UTIN tipo II R$ 116.488,53 (eram 7 e agora são 17)
Habilitação 3 leitos de UTI adulto R$ 34.946,56 (eram 5 e agora são 8).
Habilitação de 02 leitos de UCINCa e 03 leitos de UTI adulto tipo II R$43.159,06
Habilitação 10 leitos GAR R$ 124.100,00
Com o novo aporte financeiro mensal de 124.100,00, o Hospital Maternidade Almeida Castro passa a receber R$ 579.689,59 do Programa Rede Cegonha.
Outro valor que também soma com o custo de manutenção da maternidade é o repasse de 438 mil do Governo do Estado, também referente ao mesmo programa. Este valor foi determinado no processo, quando do fechamento do Hospital da Mulher, em 2016.
O processo de habilitação de leitos hospitalares é demorado. No caso dos 10 leitos de GAR, a interventora explicou que o processo começou em 2015, com o início do cadastro.
A secretaria de saúde de Mossoró na época era Leodise Cruz. Em seguida procedeu o processo de adaptações e envido de dados.
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“Demorou a sair, mas deu certo agora no dia 17 de dezembro, quando o ministro Gilberto Occhi, da Saúde, veio pessoalmente a Natal e assinou a portaria habitando os leitos de GAR do Hospital Maternidade Almeida Castro”, explica a interventora Larizza Queiroz.
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Atualmente, o Hospital Maternidade Almeida Castro está funcionando com 187 leitos, sendo que quase 60 de atendimento de alto risco.
São 17 leitos de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal,
13 leitos de Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo),
18 de Unidade Intermediária de Neonatal Canguru (UCINCa),
8 leitos de Unidade de Terapia Intensiva Adulto.
20 de Gestão de Alto Risco, com 10 leitos habitados agora para custeio.
Ao longo destes quatro anos de gestão dos interventores judiciais, o Hospital Maternidade Almeida Castro ganhou uma nova UTI neo, um Centro Obstétrico novo, toda a estrutura de cobertura do prédio foi substituída, entre outros investimentos.
Atualmente os trabalhos dos pedreiros se concentram na adaptação do prédio para instalar o laboratório e concluir as obras da frente da Maternidade Almeida Castro, tornando-a mais acessível.
O Hospital Maternidade Almeida Castro é gerido com recursos do SUS, com as contrapartidas constitucionais da Prefeitura de Mossoró e do Governo do Estado.