20 ABR 2024 | ATUALIZADO 22:33
ESTADO
ANNA PAULA BRITO, COM INFORMAÇÕES DO OP9
06/03/2019 11:40
Atualizado
07/03/2019 08:34

Pacotes misteriosos que apareceram nas praias são de um derivado de petróleo

Análise do do IMA. Os mesmos pacotes encontrados no interior do Rio Grande do Norte foram encontrados no litoral de todos os outros estados Brasileiros na região Nordeste, que indica que possa ter sido uma carga jogada ao mar.
Os fardos já haviam sido encontrados em praias dos estados da Paraíba, Alagoas, Pernambuco, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte.
FOTO: ROBERTO MIRANDA

Os pacotes que surgiram misteriosamente nas praias de Tibau, Grossos e Areia Branca, nas últimas duas semanas, já vem sendo encontrados ao longo do litoral nordestino há várias meses.

No Estado de Alagoas, em outubro de 2018, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) recolheu dois fardos para exames e apontou que não se trata de couro (material animal), como se imaginava inicialmente.

O presidente do Instituto Biota de Conservação, Bruno Stephanis, em Alagoas, explicou que os objetos (pacotes) pesam cerca de 100 quilos e o seu conteúdo se parecia, numa análise visual, com latex prensado.

Na verdade, os exames realizados pelo IMA em Alagoas, apontam que se trata de uma espécie de polímero, um material sintético feito a partir de derivados do petróleo altamente resistente.

Não se tem qualquer informação da origem dos pacotes. A  Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte, com sede em Areia Branca, confirma que não houve acidente com navios de cargas na costa brasileira.

Além de Alagoas, foram encontrados centenas de pacotes iguais nos estados da Paraíba, Pernambuco, Ceará e até no Maranhão. Nestes estados, aconteceram o mesmo que no litoral do RN: Mistério.

Veja mais:

Pacotes misteriosos intrigam pescadores e banhistas nas praias de Tibau e Areia Branca

No Rio Grande do Norte o aparecimento dos pacotes já havia sido relatado na litoral de de Rio do Fogo, na Via Costeira, em Natal, em Ponta do Mel, em Areia Branca, além das praias de Búzios e Maracajaú. 


RISCO A SAÚDE

Segundo o IMA, as "caixas" não oferecem perigo imediato a saúde da população, porém, por se tratar de um derivado de petróleo, o produto é altamente inflamável e a fumaça que sai dele é tóxica.

O maior impacto é na natureza, visto que esse tipo de material leva mais de 100 anos para se decompor e suas partes podem ser ingeridas, ameaçando a vida de animais marinhos.

Até o momento as autoridades ainda não sabem dizer de onde os pacotes vieram.

O caso vem sendo investigado pelo Ibama, que trabalha com a hipótese de que os objetos tenham sido lançados ao mar de forma irregular por navios de carga que.

Caso a origem seja identificada, o responsável poderá ser indiciado por crime ambiental, com multa que varia de R$ 1 mil a R$ 10 milhões. O material continuará em análise e o Ibama ainda irá estudar a forma adequada de descartá-lo.

Notas

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