06 NOV 2024 | ATUALIZADO 12:18
ESTADO
IGOR JÁCOME, DO G1 RN
05/04/2019 15:03
Atualizado
05/04/2019 15:19

Em três meses, profissionais desistem do Mais Médicos no RN; Assu lidera

Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do estado (Cosems), o déficit é ainda maior. De acordo com a presidente do conselho, Débora Costa, um levantamento deve ser concluído até a próxima semana e deverá mostrar um quadro mais grave
Após a substituição dos médicos cubanos por brasileiros no programa Mais Médicos, 19 profissionais desistiram das vagas no Rio Grande do Norte
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Após a substituição dos médicos cubanos por brasileiros no programa Mais Médicos, 19 profissionais desistiram das vagas no Rio Grande do Norte. A informação é do Ministério da Saúde. Eles representam pouco mais de 13% do total de 139 substituições que aconteceu após abertura de um edital no final do ano passado.

De acordo com a coordenadora do programa no estado, Ivana Fernandes, os motivos das desistências são variados, como casos de médicos que passaram em residências médicas e optaram por continuar a formação.

Porém, para o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do estado (Cosems), o déficit é ainda maior. De acordo com a presidente do conselho, Débora Costa, um levantamento deve ser concluído até a próxima semana e deverá mostrar um quadro mais grave.

"Foram substituídos 139 cubanos no Rio Grande do Norte, mas a gente já tinha um déficit antes. Nós já estávamos prevendo esses problemas. Até aqueles médicos que deixaram os municípios para ir para o Mais Médicos deixaram o programa. Hoje nós temos 90 municípios com algum décifit", aponta.

Responsável técnico pela estratégia de saúde da família da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte, Hugo Mota aponta que cerca de 80% dos médicos que assumiram os postos dos cubanos nos Mais Médicos já atuavam na atenção básica dos municípios, mas deixaram os cargos municipais para assumir os federais.

Com a saída dos profissionais, 14 municípios potiguares ficaram com vagas abertas, de acordo com o Ministério da Saúde. Os mais afetados, por exemplo, foram Assu e João Câmara, com três vagas em aberto. Nesta última cidade, o número representa metade das equipes que atendem à comunidade.

Ainda conforme o Ministério da Saúde, 8.517 vagas do atual edital do programa Mais Médicos, abertas após o fim da cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), foram preenchidas por médicos brasileiros (com CRM do Brasil ou graduados no exterior).

"Destes, até o início de abril, 1.052 profissionais com CRM no Brasil saíram do Programa. As vagas poderão ser ofertadas em novas fases do provimento de profissionais ainda em análise pelo Ministério da Saúde".

Já os 1.397 médicos brasileiros com CRM fora do país finalizaram o módulo de acolhimento na semana passada e iniciaram a atividade na unidade de saúde nesta semana. Ainda não foram registradas desistências.

Municípios com desistências confirmadas pelo MS

1. Assu - 3

2. Currais Novos - 1

3. Ipanguaçu - 1

4. Itajá - 1

5. Jandaíra - 1

6. João Câmara - 3

7. Mossoró - 1

8. Natal - 1

9. Nova Cruz - 2

10. Parelhas - 1

11. Pau dos Ferros - 1

12. São José do Campestre - 1

13. Serrinha - 1

14. Vera Cruz - 1


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