A estudante mossoroense Ekarinny Myrella Brito de Medeiros, de 18 anos, conquistou dois prêmios durante a Intel ISEF, a maior feira de ciências e engenharia do mundo, na cidade de Phoenix, no estado do Arizona, Estados Unidos da América.
A feira estava acontecendo desde o domingo (12) e teve seu encerramento nesta sexta-feira (17) com a premiação dos estudantes.
Após concorrer com mais de 1800 projetos de todo o mundo, Ekarinny foi classificada em 1ª lugar na categoria Patent and Trademark Office Society e em 4º lugar em Translational Medical Science (TMED).
Cada um dos prêmios garantiu à estudante US$ 500,00 para patentear e dar continuidade ao projeto científico.
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Além disso, Ekarinny também recebeu o convite para fazer a publicação do seu trabalho no International Journal of a High School Research, um periódico americano que visa selecionar a mais alta qualidade de trabalhos para representar o futuro da comunidade científica.
Em suas redes sociais a estudante disse estar muito feliz com o resultado, embora ainda não esteja acreditando em tudo que conquistou.
“A ficha ainda não caiu! Eu não tenho palavras para descrever esse momento. Quem me conhece sabe o quanto lutei para chegar até aqui e sei que Deus mais uma vez nos abençoou. Representar a minha escola pública na maior feira de ciências do mundo com certeza é o maior prêmio”, disse.
A jovem também fez um agradecimento a todos que torceram por ela e deixou uma mensagem de incentivo para que as pessoas não desistam dos seus sonhos.
“Muito obrigada a cada pessoa que contribuiu, acreditou, sonhou e me ajudou a chegar até aqui. Sozinha eu não posso! Foi real. Acreditem nos seus sonhos! Brilhem muito”, disse.
Ekarinny, que perdeu a mãe e a avó (que a criou) recentemente, fez questão, ainda, de mandar um recado especial para as duas. “Vovó e mainha, eu consegui! Eu falei para vocês duas que iria conseguir! Amo vocês”.
Ekarinny e a professoria Luísa Kiara, ao lado dos representantes da UFERSA, que deram todo o apoio ao projeto desde o início.
O PROJETO
Ekarinny Mirela começou a desenvolver o projeto enquanto ainda era aluna da Escola Estadual Hermógenes Nogueira da Costa, localizada no bairro Abolição 4, em Mossoró/RN.
Ela, juntamente com a professora de biologia Luísa Kiara Dantas, criaram um cateter bioativado a partir do líquido extraído da castanha do caju.
Com esse trabalho, a aluna garantiu uma credencial durante a 17ª Frebrace, no mês de março, para participar da Intel ISEF, juntamente com projetos de outros 70 países.
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O trabalho é uma alternativa na prevenção de infecções sanguíneas, causadas por bactérias provenientes da utilização de cateteres comuns, em pacientes de UTIs e em procedimentos de hemodiálises.
Ekarinny está cursando o primeiro período do curso de Ciência e Tecnologia, na Universiade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), onde deve dar continuidade ao projeto.