A Secretaria da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) confirmou que o estoques de soro antirrábico estão zerado no estado e que a situação é crítica com relação ao soro antiofídico.
Os soros são utilizados para tratamento de ferimentos provocados por mordedura ou lambedura de animais infectados pelo vírus da raiva, bem como para tratar picadas de animais peçonhentos.
E entrevista para o programa Geração Saúde, da Super TV, Emilliana Cavalcante, diretora da Segunda Unidade Regional de Saúde Pública (II Ursap), explicou que a situação já está crítica há algum tempo.
“Já tem um tempo que esse abastecimento por parte do Ministério da Saúde vem sendo realizado de forma irregular. De uns três meses pra cá a situação agravou-se bastante. Segundo eles, está havendo uma readaptação dos institutos que fornecem esse soro e que é essa a razão do desabastecimento”.
Emilliana explicou que a compra desses medicamentos só pode ser realizada pelo Ministério Público, ficando o estado impossibilitado de adquirir os soros por conta própria. Ela lembra que a crise não é só no Rio Grande do Norte, mas em todos os estados do país.
“Nós estamos realmente muito preocupados com essa situação e estamos alertando a população para que se proteja, que não deixe acumular lixo, que limpe bem a sua casa para evitar aranhas, se ver algum morcego durante o dia, visto que eles têm hábitos noturnos, não se aproxime e procure uma UBS assim que acontecer algum acidente envolvendo animais peçonhentos ou que possam transmitir raiva”, alertou Emilliana.
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Questionada pelo MOSSORÓ HOJE, nesta sexta-feira (5), a diretora contou que está acontecendo um controle de estoque do pouco soro antiofídico que ainda resta nas unidades, para evitar desperdícios no estado.
“ Não é todo acidente que é preciso usar o soro antiofídico ou antirrábico, para isso existe um protocolo do ministério da saúde para a aplicação desses insumos. Em caso de acidentes, o médico irá avaliar a situação e determinar qual a melhor medida a ser tomada.
Contudo, Emilliana foi enfática ao dizer que, com essa crise de desabastecimento, se o Ministério da Saúde não tomar uma providência rápida poderá haver mortes por envenenamento ou raiva humana.