Nesta terça-feira (8) o jornal Folha de São Paulo publicou uma notícia sobre o uso de sistemas automatizados para envio de mensagens, contratados de empresas, durante a eleição de 2018.
Segundo o jornal, esta foi a primeira vez que o aplicativo de mensagens admitiu que houve, sim, o envios maciços de mensagens pelo WhatsApp durante a campanha presidencial.
“Na eleição brasileira do ano passado houve a atuação de empresas fornecedoras de envios maciços de mensagens, que violaram nossos termos de uso para atingir um grande número de pessoas”, afirmou Ben Supple, gerente de políticas públicas e eleições globais do WhatsApp, em palestra no Festival Gabo.
No mesmo evento, o executivo do WhatsApp condenou os grupos públicos da plataforma acessados por meio de links que distribuem conteúdo político, na maior parte das vezes relacionados ao governo Bolsonaro.
A Folha já havia, inclusive, noticiado que empresários apoiadores do então candidato Jair Bolsonaro bancaram o disparo de mensagens em massa contra o candidato Fernando Haddad.
Este, por sua vez, foi multado pelo TSE, em março deste ano, pelo impulsionamento irregular de conteúdo desfavorável ao seu adversário.
O TSE veda o uso de ferramentas de automação, como os softwares de disparo em massa. Além disso, conforme a Folha, empresário contrataram disparos a favor e contra candidatos, sem declarar esses gastos à Justiça Eleitoral, o que configura crime de caixa dois.