16 NOV 2024 | ATUALIZADO 22:27
ECONOMIA
COM INFORMAÇÕES DO G1
25/11/2019 18:29
Atualizado
25/11/2019 18:32

Dólar bate novo recorde e fecha o dia em alta custando R$ 4,21

O aumento do dólar pode influenciar no preço dos combustíveis no Brasil, resultando em mais um aumento, inclusive a Petrobras já havia anunciado um aumento na semana passada, pressionada por importadores.
FOTO: REPRODUÇÃO

O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (25) e atingiu o maior valor nominal da história sobre o real. A moeda norte-americana subiu 0,5%, a R$ 4,2129. Já o dólar turismo terminou o dia vendido perto de R$ 4,40 - sem considerar os impostos.

Em novembro, o dólar acumula alta de 5,07% sobre o real. No ano, o avanço até agora é de 8,74%.

O recorde anterior de fechamento do dólar sobre o real havia sido atingido na semana anterior. No dia 18 de novembro, a moeda norte-americana subiu 0,32%, encerrando o dia a R$ 4,206.

O aumento do dólar pode influenciar no preço dos combustíveis no Brasil, resultando em mais um aumento.

Na semana passada a Petrobras já havia anunciado um aumento de 2,8% no valor da gasolina, após importadores apontarem que a elevação nos preços internacionais da gasolina implica em uma defasagem, conforme disse uma associação do setor.

Veja mais:

Petrobras anuncia aumento de 2,8% no valor da gasolina nas refinarias


GUERRA COMERCIAL

O dia for marcado novamente por expectativas dos investidores sobre as negociações comerciais entre a China e os Estados Unidos, com o mercado em busca de sinalizações sobre um possível acordo para colocar fim à guerra comercial que se arrasta desde o começo de 2018.

Nesta madrugada, um veículo estatal chinês informou que os dois países estão próximos de um acordo. Mas, mesmo assim, muitos agentes continuam cautelosos com a demora no acerto dos ajustes.

Em outubro, após reunião na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia afirmado que a fase 1 do acordo seria assinada ainda em novembro.

SAÍDA DE DÓLARES DO BRASIL

Internamente, repercutiu no mercado também o déficit de US$ 7,9 bilhões nas transações correntes em outubro, maior que os US$ 5,8 bilhões projetados pelo Banco Central (BC).

Os dados voltam a chamar atenção para a saída de divisas do país, movimento que enfraquece o câmbio.

"(As notícias otimistas sobre o comércio) deveriam gerar um movimento de queda do dólar no Brasil, mas aí saíram esses dados sobre conta corrente abaixo do esperado", explicou Alvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais, à Reuters.

BC MANTÉM ESTRATÉGIA

Mesmo com o dólar em torno de recordes históricos, o Banco Central tem mantido a estratégia de intervenção no câmbio já em curso.

O BC vendeu todos os 15.700 contratos de swap cambial tradicional em rolagem do vencimento janeiro 2020. Mais cedo, o BC não havia aceitado propostas em leilão de dólar à vista e de swap cambial reverso.

Também nesta segunda, o BC fez a rolagem integral de US$ 1,5 bilhão em linha de moeda com compromisso de recompra, volume que até então precisaria voltar ao BC no começo de dezembro.


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