Por falta de material para vídeo conferência, a Justiça estadual suspendeu o júri popular de três criminosos perigosos, nesta quarta-feira, 4, no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, em Mossoró-RN.
Estes réus, inclusive, já são condenados há mais 120 anos (penas somadas) por ter matado o agente penitenciário federal Lucas Barbosa Costa, no dia 17 de dezembro de 2012.
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Assassinos de Lucas são condenados a penas somadas de 121 anos de prisão
Julgamento desta quarta-feira
Réus:
Expedito Luis de Carvalho Neto, o Luizinho
Emerson Ricardo Cândido Morais, o Magrão
Anderson Rocha de Oliveira, o Neguinho
Vítimas:
Cristian Alisson Flor da Silva
Patrício Davi Soares (paizão)
Jane Clea Bezerra de Sousa
Patrício Davi Soares Filho (vítima duas vezes)
Talysson Emanuel Soares de Sousa
O promotor Ítalo Moreira Martins diz que a investigação policial aponta que os ataques dos assassinos de Lucas Barbosa era para assumir o controle do tráfico de drogas na Rua Anatália do Melo Alves, no bairro Paredões, uma das regiões mais violentas de Mossoró.
No dia 5 de novembro de 2012 Luizinho e Magrão atacaram a tiros Cristian Alisson Flor da Silva, com a intenção de matá-lo, na rua Anatália de Melo Alves. Cristian conseguiu correr, subir numa motocicleta e procurar ajuda médica no Hospital Regional Tarcísio Maia e sobreviver.
Após tentar contra a vítima de Cristian, Luizinho e Emerson, na mesma rua, atacaram na casa 54. O alvo eram Patrício Davi Soares, o Paizão, Jane Clea Bezerra de Sousa, Patrício Davi Soares Filho (filho de Paizão) e Tallyson Emanuel Soares de Sousa.
Neste ataque, saíram baleados Patrício Filho e Tallyson Emanuel no ombro, que foram socorridos para o Hospital Regional Tarcísio Maia. Na peça de denúncia do Ministério Público Estadual, a intenção dos assassinos era matar todos que ali se encontravam.
A prova é que voltaram a atacar no mesmo bairro, mesma rua às 19h30 do dia 16 de janeiro de 2013. Luizinho e Anderson Rocha de Oliveira, novamente fazendo uso de arma de fago, tentaram matar novamente Patrício. Deste ataque, Davi foi atingido no joelho.
O cancelamento do Júri
O promotor de Justiça Italo Moreira Martins explicou ao MOSSORO HOJE os motivos pelos quais não aconteceu o Júri Popular de Luizinho, Magrão e Neguinho, acusados de seis tentativas de homicídio.
Primeiro, "não foi providenciado a tempo pelo Sistema Penitenciário Federal monitores para vídeo conferência para ouvir o depoimento de Luizinho e Emerson, que estão nos presídios de Campo Grande e Catanduvas.
O Júri até que poderia ser feito sem a presença dos réus (dois presos e um foragido) ou sem serem ouvidos, ainda que por vídeo conferência, desde que os réus tenham manifestado expressamente e o advogado concordado. "Só que isto não aconteceu", explica o promotor.
Um terceiro motivo é que mesmo podendo realizar o júri só do réu Neguinho, porém o advogado faltou. Neste caso, o juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros decidiu por deixar este julgamento para o próximo ano.