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POLÍCIA
COM INFORMAÇÕES DA POLÍCIA FEDERAL
17/12/2019 11:31
Atualizado
17/12/2019 11:31

Ex-governador da Paraíba passa a ser procurado pela Interpol

Ricardo Coutinho é uma dos investigados na Operação “Calvário - Juízo Final”, deflagrada na manhã de hoje (17), pela Polícia Federal. A ação visa combater organização criminosa atuante em desvio de recursos públicos destinados aos serviços de saúde no Estado da Paraíba. Também estão sendo cumpridos mandados de busca, apreensão de se prisão no RN, no RJ, em Goiás e no Paraná.
FOTO: REPRODUÇÃO

Na manhã desta segunda-feira (17) a Polícia Federal deflagrou a Operação “Calvário - Juízo Final”, para combater organização criminosa atuante em desvio de recursos públicos destinados aos serviços de saúde no Estado da Paraíba.

De acordo com as investigações, o crime se deu por meio de fraudes em procedimentos licitatórios e em concurso público, corrupção e financiamento de campanhas de agentes políticos, bem como superfaturamento em equipamentos, serviços e medicamentos.

O governador da Paraíba, João Azevêdo, e o ex-governador Ricardo Coutinho, são alvo da operação, que apura desvio de R$134,2 milhões. Além deles, Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE), deputadas estaduais, prefeita e servidores também estão sendo investigados.

Um mandado de prisão foi expedido contra o ex-governador. Segundo a PF, Ricardo Coutinho está fora do Brasil e não foi preso. A corporação informou ter solicitado à Interpol que ele seja incluído na lista de procurados.

Com relação ao atual governador, houve somente mandados de busca e apreensão, determinados para o palácio de governo e para a residência oficial.

A OPERAÇÃO

Cerca de 350 Policiais Federais, além de Procuradores da República e auditores da CGU dão cumprimento a 54 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de prisão preventiva, nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Goiânia e Paraná.

De acordo com as investigações, organizações socias, dentre outras, organizaram uma rede de prestadores de serviços terceirizados e de fornecedores, com a celebração de contratos com sobre-preço na gestão dos Hospitais de Trauma, de Mamanguape/PB e o Metropolitano em Santa Rita/PB.

De modo a se blindar de fiscalização do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, a organização pagou reiteradamente vantagens indevidas, valendo-se de contratos de “advocacia preventiva” ou contratos de “advocacia por êxito”, de modo a ocultar ou dissimular a natureza, origem, disposição e movimentação dos valores.

Verificou-se ainda o uso eleitoral dos serviços de saúde, com direcionamento de atendimentos e fraude no concurso de pré-seleção de pessoal do Hospital Metropolitano no ano de 2018.

Após a constatação de que agente político, que ocupou cargo de alto escalão no executivo estadual, encontra-se fora do país, foi solicitada a inclusão do seu nome na difusão vermelha da Interpol.

Os investigados irão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes poderão responder pelos crimes previstos de organização criminosa, fraude em licitação, corrupção passiva e ativa.


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