03 MAI 2024 | ATUALIZADO 18:15
ESTADO
31/01/2020 08:53
Atualizado
31/01/2020 08:53

Governo apresenta nova proposta de reforma da previdência estadual

A proposta foi apresentada nesta quinta-feira (30), durante reunião do Governo com o Fórum dos Servidores. "O Estado precisa se adequar às normas federais para receber o Certificado de Regularização Previdenciária - CRP. Sem o CRP o Estado fica impedido de receber repasses financeiros, firmar convênios e obter aval para empréstimos", explicou o presidente do Ipern, Nereu Linhares.
FOTO: REPRODUÇÃO

Na tarde desta quinta-feira (30) o Governo do Estado apresentou ao Fórum de Servidores a minuta da proposta de emenda à Constituição que visa corrigir as distorções e o déficit na previdência estadual, mas sem a definição das novas alíquotas de contribuição.

O presidente do Instituto de Previdência do Estado (IPERN), Nereu Linhares, explicou que não há dúvidas sobre a necessidade de reformar a previdência.

"Em todo o mundo a previdência precisa ser revisada periodicamente por que o mecanismo se baseia no tempo médio de vida e no valor da contribuição, que são variáveis em todos os sistemas e precisam ser ajustadas", explicou.

Nereu também registrou que a reforma é uma exigência imposta pelo Governo Federal, através da emenda constitucional 103, e tem prazo para acontecer.

"O Estado precisa se adequar às normas federais para receber o Certificado de Regularização Previdenciária - CRP. Sem o CRP o Estado fica impedido de receber repasses financeiros, firmar convênios e obter aval para empréstimos".

Outro ponto destacado pelo presidente do IPERN é o fato da atual proposta ser vantajosa em relação à efetivada pelo Governo Federal. "Dizer que a nossa proposta é mais onerosa que a da União é impróprio. A nossa impacta bem menos junto ao contribuinte", enfatizou.

Da forma como está colocada, a proposta estadual mantém o valor correspondente a 70% da média aritmética do período contributivo e acrescenta 2% para cada ano que exceder 20 anos de contribuição. Com isso a integralidade é alcançada com 35 anos de contribuição no limite máximo da RPGS.

Na proposta federal, explica Nereu Linhares, o valor corresponde a 60% da média aritmética de 100% do período contributivo e acrescenta 2% para cada ano que exceder 20 anos de contribuição.

Nesse caso, a integralidade é alcançada apenas com 40 anos de contribuição, ou seja, cinco anos a mais que a proposta estadual. "Portanto, a proposta apresentada para o nosso Estado não é pior que a do Governo Federal", registra o presidente do IPERN.

Secretários e técnicos do Governo do Estado continuam trabalhando para reduzir o impacto junto ao contribuinte na proposta inicial já apresentada e as regras de transição.

"Em breve apresentaremos um novo estudo e voltaremos a discutir com o Fórum dos Servidores", afirmou a secretária estadual de Administração e Recursos Humanos, Virgínia Ferreira.

Uma nova reunião está marcada com o Fórum dos Servidores para o próximo dia 05, às 14 horas, no auditório da Governadoria.

“Voltaremos a tratar com os servidores para buscar a melhor proposta. Mas lembro que temos prazo para enviar a reforma para análise e aprovação pela Assembleia Legislativa", destacou o secretário chefe do Gabinete Civil, Raimundo Alves.

Ele também alertou para o prazo para aprovação. "Até março o Estado tem que estar com a reforma aprovada. Caso contrário, poderemos enfrentar o caos, por que não poderemos mais receber recursos federais e firmar convênios", enfatizou.

Nesta sexta-feira (31) a Governadora Fátima Bezerra está cumprindo agenda na cidade de Mossoró, onde vai realizar a distribuição de mais de 50 toneladas de sementes crioulas para agricultores familiares, além de realizar o lançamento de um programa na área de segurança pública.

Veja mais:

Fátima Bezerra distribui sementes crioulas e lança programas em Mossoró



Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário