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MUNDO
09/03/2020 15:28
Atualizado
09/03/2020 15:30

Roma proíbe barracas de souvenirs em atrações turísticas

A cidade removeu estandes de souvenirs e de comida de locais famosos, incluindo o Panteão, a Fontana di Trevi, a Piazza Navona e as escadarias da Piazza di Spagna. A decisão foi divulgada no início de janeiro deste ano pela prefeita da capital italiana, Virginia Raggi.
FOTO: REPRODUÇÃO/PIXABAY

Roma, capital da Itália, adotou medidas drásticas para melhorar a imagem dos espaços no entorno de suas atrações mais populares. A cidade removeu estandes de souvenirs e de comida de locais famosos, incluindo o Panteão, a Fontana di Trevi, a Piazza Navona e as escadarias da Piazza di Spagna.

A decisão foi divulgada no início de janeiro deste ano pela prefeita da capital italiana, Virginia Raggi. Ela justificou a medida explicando que esse tipo de comércio é "incompatível com decoro e a segurança de Roma”.

Raggi acrescentou ainda que a decisão foi tomada para "proteger o patrimônio cultural e monumental da capital, bem como a segurança pública em áreas movimentadas". Os estandes, geralmente instalados em frente aos monumentos, podem atrapalhar a vista dos turistas e aumentar o congestionamento nessas áreas.

A iniciativa já estava sendo cogitada pela prefeita há bastante tempo. “Durante anos, os monumentos da cidade foram manchados por vendedores que oferecem bebidas, panini e bugigangas em frente às joias arquitetônicas de Roma. Isso não é mais tolerável”, disse ela.

A princípio, a norma será aplicada a dezessete vendedores de souvenirs que comercializam figuras do Papa, ímãs de geladeira e estatuetas do Coliseu. No entanto, oito deles poderão montar seus estandes nas ruas próximas ao local original.

Os comerciantes estão descontentes com a nova regra de reprimir as bancas de lembrancinhas. Eles dizem que estão prestando um serviço aos visitantes em Roma.

Angelo Di Porto, dono de uma barraca ao lado da Fontana di Trevi, disse ao jornal britânico The Telegraph: “Isso está na minha família há sete gerações". Ele explicou que o estande é um "negócio legítimo" que paga aluguel e uma série de impostos.

Duas associações que representam os donos de barracas em Roma prometeram contestar as imposições da prefeitura apelando para um tribunal administrativo regional.

A remoção dos estandes faz parte de uma série de medidas restritivas que estão sendo introduzidas na capital italiana. Desde o verão passado, a Câmara Municipal aplica multas aos turistas que se sentam nos degraus da escadaria da Piazza di Spagna.

Além da Piazza di Spagna, a ordem municipal se estende a outros monumentos como a Fontana di Trevi, considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, com multa para quem provocar algum dano à sua estrutura secular. A prefeitura já havia proibido também o acesso a lugares públicos com vestimenta considerada "indecente".


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