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MUNDO
COM INFORMAÇÕES DO CORREIO BRAZILIENSE E G1
27/03/2020 15:21
Atualizado
27/03/2020 15:21

Prefeito de Milão diz que errou ao apoiar campanha para a cidade não parar

A "Milão não para" foi lançada há um mês. Nesta quinta-feira (26) a cidade atingiu o total de 4,4 mil mortos por conta do coronavírus. Nesta sexta-feira (27) Silvio Brusaferro, chefe do Instituto Superior de Saúde da Itália, disse que as infecções causadas pela doença no país ainda não atingiram seu pico.
FOTO: REPRODUÇÃO

Nesta quinta-feira (26) o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, disse que errou ao apoiar a campanha para que a cidade não parasse por conta do coronavírus.

"Muitos se referem àquele vídeo que circulava com o título #MilãoNãoPara. Eram 27 de fevereiro, o vídeo estava explodindo nas redes, e todos o divulgaram, inclusive eu. Certo ou errado? Provavelmente errado", reconheceu Giuseppe Sala, em entrevista a uma emissora italiana. "Ninguém ainda havia entendido a virulência do vírus, e aquele era o espírito. Trabalho sete dias por semana para fazer minha parte, e aceito as críticas", afirmou.

A "Milão não para" foi lançada em 26 de fevereiro. Um mês depois, a cidade atingiu o total de 4,4 mil mortos por conta da doença.

No início da divulgação da hashtag na internet a Lombardia, região setentrional da Itália, tinha 258 pessoas infectadas pelo vírus, e o país inteiro contabilizava 12 mortes.

Hoje, Milão é a província da Itália mais atingida pela Covid-19. São 32.346 casos de pessoas contaminadas. Em termos quantitativos, a cidade abriga 40,1% da população italiana acometida pela doença, representando 54,4% das mortes no país.

ITÁLIA

Nesta sexta-feira (27) Silvio Brusaferro, chefe do Instituto Superior de Saúde da Itália, disse que as infecções causadas pela doença no país ainda não atingiram seu pico.

Os números mais recentes da pandemia no país são 8.215 mortes e 80.589 infectados. O balanço da quinta-feira foi de 712 mortos nas 24 horas anteriores.

“Não atingimos o pico e não passamos dele”, disse Brusaferro.

Ele disso que há, no entanto, sinais de uma desaceleração no número de pessoas que estão ficando infectadas, o que sugere que o pico não está longe. Depois disso, os novos casos vão entrar em tendência visível de queda.

“O nosso comportamento vai influenciar em quão íngreme vai ser a queda, quando ela começar”, afirmou ele, em uma referência à aderência dos italianos às restrições ao movimento impostas pelo governo.

QUARENTENA

A Itália vive, desde o dia 9 de março, um isolamento total que inclui a suspensão de aulas e de serviços não essenciais. Eventos foram cancelados, e até mesmo o transporte de mercadorias foi limitado.

Giuseppe Conte, o primeiro-ministro, afirmou na quarta-feira que a emergência do novo coronavírus é sem precedentes em todo o mundo. Ele pediu também que os países sejam rigorosos no combate ao coronavírus.

"Ninguém pode aceitar, muito menos a Itália que está fazendo grandes sacrifícios para combater o vírus, que outros países não percebam essa necessidade de máxima atenção preventiva", disse o primeiro-ministro durante um pronunciamento na Câmara dos Deputados da Itália.

O premiê disse também que, se outros países não forem rigorosos com as medidas preventivas, a pandemia pode aumentar ainda mais o ritmo dos contágios.


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