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ESTADO
COM INFORMAÇÕES DO G1
09/04/2020 15:25
Atualizado
09/04/2020 15:26

Mãe do bebê que morreu de Covid-19 em Natal testa negativo para a doença

A informação foi confirmada pela Sesap. Um novo exame será realizado para saber se a mulher teve a doença durante a gravidez e como ocorreu a transmissão para o recém-nascido.
FOTO: ARYTON FREIRE

O teste realizado na mãe do bebê de 4 dias que morreu com coronavírus em Natal, teve resultado negativo para a doença, segundo informou a Secretaria Municipal de Saúde do município nesta quinta-feira (9).

Os profissionais agora ampliam os exames para saber se a mulher teve a doença durante a gravidez e como ocorreu a transmissão.

O primeiro teste realizado foi o Swab - baseado na presença do vírus nas mucosas da paciente (como nariz e boca), porém não foi encontrado vírus.

De acordo com a Secretaria, um novo exame, chamado sorologia, será feito para detecção de anticorpo para Covid-10, a partir da coleta de sangue da paciente.

Somente com essa e outras questões respondidas, os técnicos poderão definir se o bebê teve uma contaminação vertical (da mãe para o filho ainda dentro da barriga) ou externa.

"Nós não podemos afirmar como isso aconteceu até a investigação ser concluída e analisarmos cada aspecto", afirma Juliana Araújo, chefe do setor de Vigilância em Saúde de Natal.

Segundo ela, ao dar entrada no hospital, no dia 2, a paciente relatou ter tido sintomas de gripe, mas não soube precisar há quantos dias eles tinham começado. No dia 5, os profissionais coletaram amostra para o teste de coronavírus (com coleta de material das mucosas).

"Acontece que, se a doença já têm mais de sete dias, é mais fácil esse teste dar um falso negativo. A pessoa já pode ter criado anticorpos. Por isso precisamos fazer a sorologia para continuar a investigação", explicou a profissional.

Se o novo exame der positivo, os profissionais poderão inclusive indicar se a paciente teve contato com o vírus nos últimos 30 dias ou antes.

Já a criança teve a amostra recolhida aproximadamente seis horas após o nascimento, sem ter contato externo com a mãe, porque era prematura e precisou ser levada à UTI.

Para a Juliana Araújo, a chance de um contágio externo seria menor, porque esse tempo seria insuficiente para o vírus já ser detectado no nariz ou na boca do paciente.

"Mas nada está descartado. Tudo que diz respeito a esse vírus é novo. Vamos fazer toda a investigação baseado em conhecimento científico, analisando também casos semelhantes ao redor do mundo", disse.

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