25 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:29
MUNDO
COM INFORMAÇÕES DO G1
13/04/2020 17:25
Atualizado
13/04/2020 17:30

“Você não pode substituir a quarentena por ‘nada’”, explica Michael Ryan

O diretor do programa de emergências da OMS ressaltou que para suspensão do isolamento é preciso ter uma estratégia bem estabelecida para contenção da doença, além de “uma comunidade muito profundamente educada, comprometida, engajada e empoderada”. Nesta segunda (13) a OMS reforçou os critérios que países devem analisar antes de suspender a quarentena; confira.
FOTO: CHRISTOPHER BLACK/OMS

A Organização Mundial de Saúde (OMS) reforçou, nesta segunda-feira (13), os critérios que países devem analisar antes de suspender o isolamento como forma de combate à Covid-19:

1 - a transmissão da Covid-19 deve estar controlada;

2 - o sistema de saúde deve ser capaz de detectar, testar, isolar e tratar todos os casos, além de traçar todos os contatos;

3 - os riscos de surtos devem estar minimizados em condições especiais, como instalações de saúde e casas de repouso;

4 - medidas preventivas devem ser adotadas em locais de trabalho, escolas e outros lugares onde seja essencial as pessoas irem;

5 - os riscos de importação devem ser administrados;

6 - as comunidades devem estar completamente educadas, engajadas e empoderadas para se ajustarem à nova norma.

O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que a organização publicará, nesta terça (14), um estudo completo com as novas recomendações estratégicas.

Outros dois especialistas da organização alertaram, ainda, para a forma que a suspensão do isolamento deve acontecer.

O diretor do programa de emergências da OMS, Michael Ryan, afirmou que não se pode substituir a quarentena por "nada", ressaltando que outras medidas de saúde pública – como lavar as mãos com frequência e manter o distanciamento social – precisariam ser mantidas pelo "futuro previsível".

"Existem coisas que precisam ser feitas. Você não pode substituir a quarentena por nada. Você precisa substituir a quarentena por uma comunidade muito profundamente educada, comprometida, engajada e empoderada. Nós precisaremos mudar nosso comportamento pelo futuro previsível", alertou.

"Teremos que ter esses comportamentos adaptados – em termos de higiene pessoal, distanciamento físico, sermos cuidadosos – por um longo tempo", completou.

Ryan lembrou, também, que as máscaras não são uma alternativa à quarentena.

"Máscaras não são uma alternativa à quarentena. E nós dissemos isso publicamente várias vezes: a OMS vai apoiar países que querem implementar uma estratégia mais ampla de usar máscaras ou de cobrir o rosto, desde que seja parte de uma estratégia mais abrangente", alertou.

O uso de máscaras deve ser, lembrou Ryan, incorporado a estratégias de testagem, isolamento e tratamento de casos, higiene das mãos e educação de comunidades.


Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário