25 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:29
EDUCAÇÃO
24/05/2020 18:35
Atualizado
24/05/2020 19:18

Marleide diz que aulas remotas são excludentes para milhares de estudantes

Os professores e professoras tem compromisso com a educação pública e não vão silenciar diante do desrespeito ao direito à educação. A assembleia virtual deliberou: o Sindiserpum deve acionar o Ministério Público. Não vamos compactuar com um ensino que não depende da vontade do estudante em aprender e que aumenta a desigualdade nas oportunidades de aprendizagem.
Marleide Cunha disse que "Não vamos compactuar com um ensino que não depende da vontade do estudante em aprender e que aumenta a desigualdade nas oportunidades de aprendizagem".

A professor Marleide Cunha, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró-RN, vê como profunda e perversa exclusão do direito a educação para milhares de crianças e adolescentes a decisão da Prefeitura Municipal de Mossoró, que não foi debatido com os professores. Foi decidido numa sala fria e imposta de uma hora para outra.

"Os professores e professoras tem compromisso com a educação pública e não vão silenciar diante do desrespeito ao direito à educação. A assembleia virtual deliberou: o Sindiserpum deve acionar o Ministério Público. Não vamos compactuar com um ensino que não depende da vontade do estudante em aprender e que aumenta a desigualdade nas oportunidades de aprendizagem", diz Marleide.

Segue o texto de Marleide Cunha.

Essa aula remota, instituída pela Secretaria de Educação de Mossoró é uma profunda e perversa exclusão do direito a educação para milhares de crianças e adolescentes. Será a exclusão dentre os já excluídos. Como famílias que anseiam desesperadamente por receber kits de merenda escolar, doação de cestas básicas, famílias que estão sem emprego, sem renda, vão ter acesso a computador, telefone celular com boa memória e internet? Como professores vão ensinar sem nenhuma estrutura de equipamentos disponibilizada pela prefeitura? Os professores estão usando sua internet, seu celular que não aguenta dezenas de grupos de alunos e milhares de mensagens por dia, inviabilizando as respostas. A Secretaria de Educação não deixa claro nos documentos como será computado as horas e frequência, como vai atender a alunos especiais ou o que vai fazer para garantir o ensino aos que estão invisíveis. A aula remota na educação infantil e ensino fundamental é excludente e ineficiente. É preciso ter honestidade pra reconhecer que a pandemia tornou impossível oferecer 800h anuais no ano letivo de 2020 e continuar com isso é alimentar uma grande mentira. Os professores e professoras tem compromisso com a educação pública e não vão silenciar diante do desrespeito ao direito à educação. A assembleia virtual deliberou: o Sindiserpum deve acionar o Ministério Público. Não vamos compactuar com um ensino que não depende da vontade do estudante em aprender e que aumenta a desigualdade nas oportunidades de aprendizagem.

( Marleide Cunha)

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