Após recomendação do Ministério Público Federal (MPF), o reitor pro tempore do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), Josué de Oliveira Moreira, revogou o processo de compra de 20 Macbooks i5 13", que seriam destinados à equipe de gestão.
O MPF observou que há outros computadores com qualidade similar e preços menores que os R$ 12,7 mil previstos para esse modelo.
A recomendação, de autoria do procurador da República Kleber Martins, indicava a necessidade de o instituto abranger maior número de marcas e modelos disponíveis no mercado, ampliando o objeto da compra e buscando a melhor relação custo-benefício.
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Análise da Coordenadoria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Ctic) da Procuradoria da República no RN apontou a existência de computadores com configurações muito próximas ou mesmo superiores em diversos quesitos (para a finalidade pretendida) e a preços bem menores.
“Apesar de ser um aparelho muito bom e ter performance ótima, a relação custo-benefício é questionável, sobretudo para utilização básica. Quando comparado a outros notebooks equipados com o Windows e configuração e material similares, não percebemos vantajosidade na escolha pelo equipamento da Apple para utilização administrativa”, apontou o relatório.
O representante do MPF ressaltou que o IFRN, como instituição pública, precisa levar em conta os princípios constitucionais da eficiência e da economicidade, “a fim de evitar questionamentos e mesmo ações judiciais atribuindo a pecha de ilegalidade aos atos”.
Na época da decisão do MPF, ao ser procurado pelo MOSSORÓ HOJE, o reitor pro tempore, disse que o IFRN já avalia o custo benefício e a escolha pela marca se dá, justamente, devido a sua durabilidade.
No entanto, decidiu por seguir a recomendação do órgão ministerial e suspendeu a compra dos equipamentos.