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POLÍTICA
COM INFORMAÇÕES DO AGORA RN
15/09/2020 11:21
Atualizado
15/09/2020 15:48

Beto pode perder vaga na câmara por inelegibilidade de Kerinho nas eleições de 2018

O MPF no RN pediu que Kériclis Alves Ribeiro (Kerinho) se manifeste sobre denúncia que aponta que ele estava inelegível quando concorreu ao cargo de deputado há dois anos. Os votos recebidos por ele garantiram a vaga de Beto Rosado na Câmara, deixando Fernando Mineiro de fora; Um grupo de 51 advogados apresentou petição mostrando que, na época, Kerinho era funcionário da prefeitura de Monte Alegre e que, inclusive recebeu pagamento até, pelo menos, dezembro de 2018.
Beto pode perder vaga na câmara por inelegibilidade de Kerinho nas eleições de 2018. O MPF no RN pediu que Kériclis Alves Ribeiro (Kerinho) se manifeste sobre denúncia que aponta que ele estava inelegível quando concorreu ao cargo de deputado há dois anos. Os votos recebidos por ele garantiram a vaga de Beto Rosado na Câmara, deixando Fernando Mineiro de fora; Um grupo de 51 advogados apresentou petição mostrando que, na época, Kerinho era funcionário da prefeitura de Monte Alegre e que, inclusive recebeu pagamento até, pelo menos, dezembro de 2018.
FOTO: REPRODUÇÃO

O Ministério Público Eleitoral do Rio Grande do Norte (MPE-RN) pediu nesta segunda-feira (14) que Kerinho (Kériclis Alves Ribeiro), que disputou as eleições de 2018 para deputado federal pelo PDT, se manifeste sobre a denúncia apresentada, na sexta-feira passada (11), que aponta que ele estava inelegível para o cargo quando concorreu há dois anos

A denúncia foi feita por um grupo de 51 advogados que ingressou com uma petição no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN), apontando que o candidato Kerinho (PDT), que fazia parte da coligação de Beto Rosado, não pediu demissão de um cargo que ocupava na Prefeitura de Monte Alegre antes de concorrer para deputado.

Pela lei, o candidato deveria se desincompatibilizar do cargo, no mínimo, três meses antes da eleição. Os advogados pedem que Kerinho seja declarado inelegível. Se o pedido for atendido pela Justiça Eleitoral, poderá alterar a composição da bancada potiguar na Câmara dos Deputados.

Na prática, Fernando Mineiro (PT), que teve 98 mil votos nas eleições de 2018, assumiria a vaga que hoje pertence ao deputado federal Beto Rosado (Progressistas), conquistou 71 mil votos.

O caso está em discussão no TRE/RN, sob a relatoria do juiz Ricardo Tinoco de Goes. O MP só deve se pronunciar oficialmente sobre o assunto depois da manifestação do candidato, que recebeu 8.990 votos.

DENÚNCIA

Os advogados anexaram documentos que mostram que Kerinho foi nomeado em 17 de fevereiro de 2017 para a função de “Coordenador de Apoio aos Conselhos”, da Secretaria Municipal de Trabalho, Habitação e Assistência Social de Monte Alegre.

Ele deveria ter sido exonerado em 2018, mas os advogados não encontraram registros no Diário Oficial de que ele foi exonerado.

Na petição, os 51 advogados juntaram, ainda, documentos que comprovam que Kerinho não só não pediu demissão como recebeu salário da Prefeitura de Monte Alegre em plena campanha eleitoral. Segundo eles, Kerinho recebeu pagamento até, pelo menos, dezembro de 2018.

“Demonstra-se, assim, pois, a ausência de desincompatibilização do requerente no prazo previsto pela Lei Complementar 64, de 1990, o que o torna inelegível para o cargo pleiteado”, escreveram os advogados.

Caso Kerinho seja declarado inelegível, os votos que ele obteve nas eleições 2018 (8.990) seriam anulados.

Isso forçaria um novo cálculo do quociente eleitoral, o que tiraria uma vaga da coligação “100% RN I”, formada por Progressistas, MDB, Podemos, DEM e PDT, e beneficiaria a coligação “Do Lado Certo”, formada por PT, PCdoB e PHS.

CANDIDATURA É QUESTIONADA DESDE 2018

Não é a primeira vez que a candidatura de Kerinho é questionada na Justiça Eleitoral. Ainda em 2018, o TRE-RN invalidou os votos do então candidato por causa da entrega de documentos fora do prazo durante o registro da candidatura.

Durante a apuração dos votos, em 7 de outubro de 2018, Kerinho não teve os votos computados e Mineiro foi dado como eleito.

Porém, uma nova análise do caso pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concluiu que a papelada foi entregue na véspera do último dia e só não entrou no ar por uma falha do sistema.

A votação do pedetista foi contabilizada e Mineiro, então, perdeu a condição de eleito. A partir dali surgiu o impasse na Justiça.


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