A Procuradoria Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte reafirmou a recomendação para os pré-candidatos e agora candidatos a prefeito e a vereador não realizar mobilizações que resulte em aglomerações, ferindo assim as normas sanitária adotadas para coibir a proliferação do novo coronavírus no Rio Grande do Norte.
Entretanto, em praticamente todas as cidades do Rio Grande do Norte, os políticos realizaram motocarreatas e, em alguns casos, também aglomerações em locais fechados. Nesta segunda-feira, 21, o procurador da república Ronaldo Sérgio Chaves Fernandes falou que os casos devem ser comunicados, com documentos, aos promotores eleitorais locais.
O procurador destacou, em entrevista à InterTV, que já existe vários procedimentos instalados e sendo investigados pelos promotores de justiça que vão atuar na esfera eleitoral nestas campanhas. Na região Oeste do RN, em poucas cidades os candidatos respeitaram as normas sanitárias para evitar o avanço da pandemia causada pelo novo coronavírus.
Entre os dias 16 e 20, foram registradas motocarreatas nas cidades de Tibau, Areia Branca, Caraúbas, Itaú, Umarizal, entre outras cidades da região. Em alguns locais, os candidatos inovaram. Em Patu, o candidato Rivelino Câmara fez um drive-in. No caso, os filiados ao chegar no local aberto e muito espaçoso, passavam por controles sanitários.
No município de Apodi, os candidatos optaram por evitar as aglomerações. Concentram suas ações em visita domiciliares, que os dois candidatos (Allan e Aguinaldo) classificam como consulta aos eleitores sobre o projeto de candidatura. Em Felipe Guerra, o candidato Salomão recomendou expressamente que seus eleitores não realizem motocarreatas.
A mesma preocupação teve o candidato Antônio Bolota, em Governador Dix-sept Rosado. Não aglomerou e evitou as motocarreatas. Já em Upanema, o candidato apoiado pelo prefeito Luiz Jairo (sobrinho dele) teve motocarreata organizada pelo gestor e seus secretários. Cenário parecido ocorreu em Baraúna. Teve motocarreatas para os dois lados.
Em todos os casos, o Ministério Público Eleitoral está sendo informado para, caso seja cabível, adotar medidas na Justiça Eleitoral.