O número de pacientes com covid-19 internados no Hospital São Luiz, em Mossoró, dobrou nas últimas 36 horas e tende a aumentar mais em função das mobilizações políticas realizadas nas últimas 3 semanas.
No pico da pandemia, em meados de junho e julho, o Hospital São Luiz chegou a internar 40 pacientes nas 4 UTIs. No período de agosto e setembro reduziu. Atualmente esta média é de 10 a 12 internados.
Porém, nas últimas 36 horas começaram a chegar pacientes com diagnóstico positivo para covid-19. Na tarde desta segunda-feira (21), havia 17 pacientes internados e a equipe médica aguardava a chegada de outros 4 pacientes.
No Hospital Regional Tarcísio Maia também está com os 9 leitos covid-19 ocupados. A Central de Regulação de Leitos está encaminhando os pacientes da região todos para o Hospital São Luiz, que mantém 40 leitos, sendo 4 UTIs, ativos.
Os médicos explicaram que está chegando pacientes novos e de várias cidades do Oeste do RN, com Itaú, Pilões, Irajá, Porto do Mangue, Areia Branca, entre outras cidades da região. De Mossoró, são 6 internados.
O que preocupa mais é que aconteceram mobilizações com aglomerações em praticamente todas as cidades da região, em muitas delas ignorando totalmente as normas sanitárias que barram a transmissão do Novo Coronavírus, causador da covid-19.
O Ministério Público Eleitoral chegou a emitir recomendação expressa para os candidatos não fazerem aglomerações e nem incentivar motocarreatas exatamente por estar preocupado com esta possibilidade de o número de casos de internações e óbitos voltarem a crescer.
Porém esta recomendação do MPE não foi atendida em cidades como Areia Branca, onde mais morreu gente por covid por número de habitantes no Nordeste, Tibau, Grossos, Baraúna, Felipe Guerra, Rodolfo Fernandes, Umarizal, Upanema, entre outras cidades do Oeste do RN.
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A diretora geral da APAMIM, Larizza Queiroz, que administra o Hospital São Luiz, disse que já estava conversando com o município e o Estado no sentido de reduzir o número de leitos de UTI de 40 para 20.
Mas agora, por prudência, diante deste aumento e as mobilizações políticas nas cidades, ela disse que já avalia a possibilidade de aguardar mais um pouco para iniciar a redução de leitos.