23 JAN 2025 | ATUALIZADO 12:43
NACIONAL
11/12/2020 09:40
Atualizado
11/12/2020 15:14

“Preço do gás não vai cair para os consumidores”, diz Jean Paul

O parlamentar ressaltou que a nova Lei do Gás, aprovada ontem (10) no senado, só ganhou impulso a partir da privatização da malha de gasodutos da Petrobrás e da retirada progressiva da participação da estatal nas companhias estaduais de distribuição de gás natural canalizado. “Como os compradores vão ter que recuperar seus investimentos, não teremos uma redução das tarifas de gás para os consumidores. Ao contrário, as tarifas devem aumentar”, explica
“Preço do gás não vai cair para os consumidores”, diz Jean Paul. O parlamentar ressaltou que a nova Lei do Gás, aprovada ontem (10) no senado, só ganhou impulso a partir da privatização da malha de gasodutos da Petrobrás e da retirada progressiva da participação da estatal nas companhias estaduais de distribuição de gás natural canalizado. “Como os compradores vão ter que recuperar seus investimentos, não teremos uma redução das tarifas de gás para os consumidores. Ao contrário, as tarifas devem aumentar”, explica.
FOTO: REPRODUÇÃO

O senador Jean (PT-RN) alertou, nesta quinta-feira (10), que o PL 4476/2020 que propõe alterações no mercado de gás natural não reduzirá imediatamente o preço do gás para os consumidores. A proposta foi aprovada, ontem, pelo plenário do Senado.

O parlamentar ressaltou que a nova Lei do Gás só ganhou impulso a partir da privatização da malha de gasodutos da Petrobrás e da retirada progressiva da participação da estatal nas companhias estaduais de distribuição de gás natural canalizado.

Em 2018, o governo iniciou o processo de venda da infraestrutura de dutos da Petrobras, incluída a malha Sudeste, que era administrada pela Nova Transportadora do Sudeste – NTS e da malha Nordeste, que era administrada pela Transportadora Associada de Gás – TAG.

“Se a Petrobras continuasse operando essas malhas, não teríamos esse mesmo empenho para aprovar essa matéria. Como os compradores da NTS e da TAG vão ter que recuperar seus investimentos, não teremos uma redução das tarifas de gás para os consumidores. Ao contrário, as tarifas devem aumentar a partir do momento em que os contratos a preços antigos terminem”, lembrou Jean, que é presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras.

O parlamentar criticou ainda as iniciativas do governo Bolsonaro para reduzir a participação da Petrobras no mercado de gás. Até 2018, a estatal detinha cerca de 93% da infraestrutura de dutos no país.

A intenção do atual governo é de que a empresa fique com até 50% da malha e nenhuma participação nas distribuidoras estaduais.

“Querem quebrar a hegemonia da Petrobras no mercado de gasodutos no país. Esse serviço é essencial para o Brasil e para o setor industrial”, advertiu.

O PROJETO

O texto aprovado pretende substituir o modelo jurídico atual para a exploração do serviço de transporte de gás natural e para a construção de gasodutos.

Segundo a proposta, passa-se a exigir das empresas apenas uma autorização e não mais uma concessão para explorar os serviços de transporte dutoviário de gás natural e de estocagem subterrânea.

O texto pretende que a proposta leve a uma desconcentração do mercado de gás, mas o Senador Jean não acredita que isso vai acontecer – “Apelidaram esse projeto de novo marco regulatório para o setor de gás. Mas, na verdade, não temos aqui nenhum marco. Essa proposta retoma o que já foi estabelecido na Lei nº 9.478/1997. Ou seja, estamos falando de uma velha regra que nunca mudou”, completou.


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