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31/12/2020 16:54
Atualizado
31/12/2020 16:54

“Falta liderança”, diz ex-secretário de Governo sobre condução da pandemia

O general Carlos Alberto dos Santos Cruz voltou a criticar o governo Bolsonaro em seu perfil no Twitter. Segundo ele, “a falta de planejamento, de orientações técnicas sobre a vacina, gerou atraso, insegurança e riscos para a população".
FOTO: REPRODUÇÃO

O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-secretário de Governo de Jair Bolsonaro (sem partido), voltou a criticar o Executivo federal em seu perfil no Twitter.

O ex-membro do governo chamou a condução do governo brasileiro durante a pandemia do novo coronavírus em 2020 de "fanfarronice, politização, despreparo", e disse que "falta liderança" no combate ao vírus.

“A falta de planejamento, de orientações técnicas sobre a vacina, gerou atraso, insegurança e riscos para a população", diz o ex-secretário de Governo de Bolsonaro, demitido antes de Bolsonaro fechar seu primeiro ano de mandato, em junho de 2019, por desalinhamentos na área de comunicação.

O general foi alvo de críticas do vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, e do escritor Olavo de Carvalho, o que impulsionou sua queda na época.

No início de dezembro, em entrevista para a GloboNews, Santos Cruz disse que a eleição de Bolsonaro em 2018 representava a esperança de "uma nova maneira de fazer política", mas que "o que se assistiu foi a chegada de um pequeno grupo de extremistas".

Na ocasião, o general também criticou o governo federal pela pandemia, dizendo que o Executivo "não soube administrar a situação". "É uma crise que, desde o início, se caracterizou por xingamento e cloroquina", afirmou.

Antes mesmo de encerrar, 2020 já é o ano com o maior registro de mortes em todo o Brasil, um recorde impulsionado pela pandemia, com 24% mais mortes por causas naturais do que o esperado pelo Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde).

O Ministério da Saúde também encerra 2020 com um fracasso: em um pregão eletrônico, o governo conseguiu garantir apenas 2,4% das seringas e agulhas que precisa para iniciar a vacinação contra a covid-19 por meio do PNI (Plano Nacional de Imunização).


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