O Governo do Estado já começou a instalação de novos leitos em Mossoró para atender à demanda de pacientes Covid da Região Oeste. Serão mais 29 leitos, distribuídos da seguinte maneira: 10 de UTI no Hospital São Luiz e 16 leitos clínicos no Hospital Rafael Fernandes, mais uma UTI e dois outros leitos semicríticos no Hospital Regional Tarcísio Maia. Somando aos já existentes na cidade, a estrutura (adulto e pediatria) para atendimento de pacientes vítimas da doença passa a ser de 133 leitos, entre críticos e clínicos.
Parcerias e estratégias de enfrentamento à pandemia em Mossoró e região foram tema de audiência da governadora Fátima Bezerra com o prefeito Allyson Bezerra, nesta quarta-feira (03), que contou com a presença do vice-governador Antenor Roberto e dos secretários Cipriano Maia (Saúde) e Fernando Mineiro, coordenador do Pacto pela Vida. Na ocasião, foi discutido sobre a abertura de novas UTIs em Mossoró e questões ligadas ao financiamento da saúde no município.
A ampliação da rede de atendimento às vítimas da Covid é prioridade do governo da professora Fátima neste momento em que a procura por UTI cresce em todo o Brasil e a média móvel de mortes atinge níveis piores do que os registrados na primeira fase da pandemia, em 2020. No final da manhã de hoje (03), a taxa de ocupação de leitos críticos no Rio Grande do Norte era de 94,8%. Na Região Metropolitana de 94,6%, no Oeste 96,5% e no Seridó 91,4%.
"O quadro é grave, muito grave, em todo o Brasil. Colapsou de norte a sul, de leste a oeste. Aproveito para comunicar ao prefeito (Allyson) que até sexta-feira estaremos publicando um novo decreto com medidas mais duras, mais restritivas. Ou endurecemos as medidas agora ou então não haverá leito para atender a população", disse a governadora, sem adiantar quais medidas serão adotadas. "Sei das pressões e isso é natural e legítimo, faz parte da democracia, mas, acima de tudo, há uma pressão que se impõe às demais, que a garantia do direito à vida", reforçou.
Ao fazer um breve relato da reunião de ontem dos governadores com o presidente da Câmara dos Deputados, Fátima disse que enquanto as vacinas não chegarem em quantidade suficiente para imunizar a população, não ficará inerte. “Não vou assistir ao povo morrer asfixiado em Mossoró, na região, em todo o Brasil. Espero contar com você, meu caro prefeito" na execução das medidas restritivas.
Diante da pauta apresentada pelo prefeito voltada para questões de financiamento da saúde, tendo em vista a condição de cidade-polo, que recebe pacientes SUS de outros municípios da região, ficou acertada a criação de um grupo de trabalho, formado por técnicos da Secretaria Estadual de Saúde e de da Secretaria de Saúde de Mossoró para discutir os gargalos e propor alternativas com foco na racionalização dos gastos e na melhoria dos serviços no pós-pandemia. O secretário Cipriano Maia sugeriu a criação de consórcio municipal, a exemplo do que vem sendo feito no Seridó.
Participaram também da reunião a secretária adjunta de Saúde, Maura Sobreiro; a deputada estadual Isolda Dantas; a adjunta do Gabinete Civil, Socorro Batista; e a secretária municipal de saúde de Mossoró, Morgana Dantas.