25 NOV 2024 | ATUALIZADO 11:42
SAÚDE
05/03/2021 14:45
Atualizado
05/03/2021 16:25

O apoio do assistente social junto as famílias de pacientes da UTI Covid

Os assistentes sociais são os profissionais que estão mais próximos das famílias e atendem as mais diferentes demandas. Hoje, devido a pandemia, a maior parte desse contato é feito via telefone.

O distanciamento social imposto pela pandemia da covid-19 trouxe dificuldades para profissionais de saúde e para familiares de pacientes internados nos hospitais. Ter um parente na UTI é uma situação angustiante para qualquer família e com as exigências de isolamento social, esta situação ganhou novos obstáculos, já que o contato teve que ser mais ainda mais restrito.

Os assistentes sociais são os profissionais que estão mais próximos das famílias e atendem as mais diferentes demandas. No Hospital Regional Tarcísio Maia, uma equipe de 12 assistentes sociais se revezam em plantões de 24 horas para realizar os atendimentos. Hoje, devido a pandemia, a maior parte desse contato é feito via telefone.

Giana Castro é assistente social do Hospital Tarcísio Maia e relata que os atendimentos tiveram que passar por mudanças e adaptações para facilitar o trabalho e cumprir as protocolos de segurança.

“Todos os dias o boletim é repassado via Whatsapp, ás 16h tem o repasse desse boletim pelo médico plantonista da UTI COVID ao familiar do paciente, por telefone. O familiar vem ao Setor de Serviço Social pra receber esse repasse” relata.

Com o aumento de casos de Covid -19 em Mossoró e em toda região e devido as determinações do decreto estadual, foram suspensas as visitas na UTI geral e também a vinda do familiar ao hospital. O boletim é repassado diretamente pelo médico, por telefone, não sendo necessário o deslocamento até o hospital.

Giana conta que o Serviço Social faz as orientações, acolhimento aos familiares dos pacientes da UTI COVID, e o acompanhamento desde a admissão até a alta, transferência ou óbito. Giana comenta que devido aos protocolos de distanciamento do paciente, os familiares acabam ficando mais ansiosos e precisam de atenção com mais frequência.

Apoio

O Serviço Social faz a mediação entre a família e o médico da UTI. A equipe conversa com as famílias que decidem juntas, quem será a pessoa responsável por receber o boletim médico diário por telefone. Giana explica que apesar das informações serem repassadas diretamente pelo médico, isso não faz com que diminua ansiedade e preocupação em ter o familiar internado na UTI com Covid. Por isso o serviço social presta esse serviço de apoio e orientação as famílias dos pacientes.

Para Giana o momento mais difícil do trabalho da equipe é a comunicação do óbito as famílias, “Por trabalharmos em um hospital de urgência e emergência, o óbito sempre está presente, é sempre muito difícil e doloroso repassar essa notícia, com os familiares dos pacientes de Covid não é diferente, essa é uma ocorrência que nenhum profissional de saúde se sente confortável, nem queremos nunca se acostumar com isso, aquele paciente não é um número, é uma pessoa amada, tem filhos, tem família, é uma perda, uma lacuna na família, mas precisamos nesse momento de dor, prestar nosso apoio e enfrentar junto com eles esse fato. Somos um elo entre o paciente, a equipe e a família” relata a assistente social.

Até a tarde desta quinta- feira (04) o Tarcísio Maia estava com 08 pacientes internados na UTI Covid e 02 leitos vagos, mas já aguardando 02 pacientes regulados.


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