Apenas em Maceió e Macapá, entre as capitais brasileiras, a rede de atendimento covid19 se mantém abaixo de 80%. Em outras 16 capitais, está perto do colapso. Em 9 já não existem mais vagas para pacientes acometidos com as doenças causadas pelo novo coronavírus.
Os médicos usam diversos medicamentos para tratar dos pacientes, mas cinco se destacam nas Unidades de Terapia Intensiva: Rocuronio, Propofol, Ketamina, Midazolam e Fentanil. Devido ao alto consumo no País, pelo menos o Rocurônio e Propofol começaram a faltar.
O Rocurônio é um relaxante muscular, que evita que o paciente, mesmo sedado, fique se debatendo com tubo de oxigênio. Já o Propofol é o sedativo. O custo do Rocurônio varia de 120 a 60 reais a ampola. Já o Propofol vai de 30 a 55 reais a ampola.
No caso do Propofol, o médico Venâncio Neto, disse que tem paciente covid19 que usa uma ampola por dia e tem paciente que precisa de até 30 ampolas por dia. Já o Rocurônio é imprescindível para manter o paciente tranquilo durante o intubamento.
Os setores de compras de medicamentos dos hospitais estão sendo comunicados pelos laboratórios que o Rocurônio e Propofol estão em falta. E este quadro só piora diante do aumento do número de internamentos, em UTI, de pacientes covid19 no Brasil.
E a falta de medicamentos essenciais nas UTIs, como o Rocurônio e Propofol aumenta o sofrimento dos pacientes, dos profissionais de saúde, dos familiares e amigos. Este quadro é altamente angustiante para todas as partes envolvidas.
A diretora geral da APAMIM, Larizza Queiroz, que administra o Hospital Maternidade Almeida Castro e o Hospital de Campanha São Luiz, em Mossoró, fala sobre a missão que recebeu da Justiça Federal para gerir estes hospitais em Mossoró e sua preocupação com o quadro.